domingo, 20 de setembro de 2009

Histórias do pelotão

Não é de hoje que provas de longa distância atraem e produzem figuras marcantes. No carvão não foi diferente. Já falamos aqui do Zé "sem" Bigode, do Linguarudinho, dos gaúchos Super Randonneurs 2009, do "Fábio Pocotó", do Raul e atualizamos a lista:


- o cara veio do local mais longínquo destas bandas, Maringá/PR. Soube que comeu uma massa no restaurante indicado pela prova e era "ao funghi". Nascia aí o "Alucinado do Carvão". Com cogumelo na parada o randonneur chegou a Orleans desorientado. A organização o encontrou no posto tigre de Orleans, às 3h30m da madrugada. Não sabia se pegava carona, se seguia em frente, se ficava onde estava, se voltava ao local de largada... nos despedimos do mesmo informando que apenas 12KM o separavam do PC1/3, em São Ludgero, sendo que metade desses quilômetros era de descida. Conclusão: não apareceu nos PCs, não atendia ao telefone e foi encontrado novamente no local de largada pelo "Raulzito", perto das 17h de domingo;

- o Cantinho da Massa é pródigo em sabores de pizzas. Então, soube que um cara de Florianópolis pediu o sabor "sal de frutas". Após a iguaria, nascia aí o "Vomitão do Carvão". A figura vomitou e se superou até a "rampa lança-míssil" (aquela subidinha bucólica na saída de Lauro Müller...). Segundo o próprio, bem no meio da rampa houve uma "câimbra em cadeia", travando totalmente o sistema. Conclusão: SAMU nele!! "Brevetou" no carro da organização.





- tem o Maguido de Içara, com um visual retrô e sempre de bom espírito, quando a coisa ficava dura, dá-lhe rapadura que cura;





- tem também o "El Gringone" Jorge Rovetto. Responável pela internacionalização desse brevet, figura robusta e marcante aos 62 anos de idade, logo ganhou o apelido de "Jacque Cousteau". Brevetou com um tempo excepcional e quando conversei com o mesmo no PC5, estava com um ótimo semblante.











- tem ainda a turma de Curitiba, o Sérgio Lopes, aspirante a frentista do Posto Fratelli (PC2); o Pedro Burba que no finalzinho, só pra mostrar que tava tudo sob controle, foi até o BR101 comer um risólis de presunto e queijo no Bar do Jóia (brincadeirinha...); e a guerreira Greiciely Lopes que quando a vi no PC4, o temido, totalmente destruída, a última a carimbar seu passaporte no local, faltando meros 15 minutos para o fechamento do PC, e sabendo que "apenas" 99Km a separavam da conquista, chorou um pouco no ombro no namorado, pediu uma faca emprestada pro "Mariot", proprietário da lancheria, mordeu-a com força e só soltou na linha de chegada. Furiosa.





- por fim, há "Os Rabetas", dois florianopolitanos muito descontraídos e de bom espírito. Aqui vale um parênteses: suas mulheres os acompanharam ao longo do trecho que percorreram. Os vi parando em alguns PCs "extras" pelo caminho e fiz "vista grossa". Claro, caso não estivessem no final do pelotão não admitiria esse tipo de coisa. Não gosto de ser "provalecido", estava estampado no rosto deles o quanto a empreitada estava sendo dura. Conselho aos amigos: numa primeira análise, um carro acompanhando acalenta o coração e transmite segurança. Mas é uma via de mão dupla, pois a regra de ouro (ver post sobre o assunto) do randonnée está indo para o espaço, em outras palavras, sem ritmo não há brevet. No final das contas, quanto mais tempo parado, pior. Ainda, partindo do pressuposto de que nossos carros são uma extensão de nossos lares... desistir e ir pra casa estará sempre "à mão".


- para pensar: "Randonnée não cansa; exaure. Só cansa quem não tem ritmo."

Abraço a todos!!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Figuraça do Carvão: Luiz "Raul" Pereira

Talvez aqui esteja a maior "figuraça" desse brevet. O cara veio a caráter para a prova, pilotando uma Peugeot maravilhosa, paralamas requintados, alforges laterais, camiseta de algum clube de remo de Florianópolis, com tecido "dry" da década de 70, "suplex" branco sexy, e o shape do "Raulzito". De um humor inconfundível e inabalável, não importava o momento em que o atacássemos durante a prova, a resposta era sempre a mesma e de igual entonação: "-Uhhuuulllllll!!!". Ao final, deixou um lindo depoimento no site "Caminhos do Sertão", que deliberadamente segue:




"Levando a alma pra passear: 300 km com morrebas no Audax Carvão



O relato que se segue apresenta o resultado perceptível do que foi pedalar os 300 km que justificaram o treino teste realizado na semana passada, que nesse momento parece tão distante quanto agora são as dores sofridas durante as duas experiências. A difícil tarefa do corpo de levar a alma pra passear, proporciona-nos sensações prazerosas, que só são sentidas no momento vivido, virando boas lembranças imediatamente ao término da empreitada, e uma sedução para seguir em busca do outro limite de desafio, que são os 400 km.
Na condição de cicloerrante, com a conhecida aptidão física e tática, montado num equipamento bastante rudimentar, não me propunha a percorrer o trecho acompanhando meu amigo e estimulador Della, que chegou entre os quatro primeiros, mas dentro do limite de tempo que é destinado aos que querem enfrentar o desafio, na modalidade e faixa etária do cicloturismo. Enquanto o ilustre completou a prova em doze horas, eu o fiz em dezoito, no mesmo padrão do Audax 200. Daquela vez, pelas condições do terreno, a minha média foi um pouco maior.
Para quem ainda não conhece, o Audax tem como proposta o desafio de vencer as distâncias num tempo determinado, sem a exigência do rigor da prova. No caso do Audax 300 do Carvão, a organização elevou ao máximo o limite. Dos trezentos quilômetros, duzentos eram de estradas com lombas e serrotas, que exigiram um esforço adicional às canelas e juntas, uma paciência a mais no momento da experiência. Isso só aumentou o prazer de curtir.
Saímos de Criciuma às 23 horas, percorrendo os primeiros quilômetros com um carro batedor, num bloco bem concentrado, numa velocidade bem excitante. Duas motos policiais acompanhavam o cortejo, interrompendo o trânsito dos automóveis à nossa passagem. Depois disso, quando saímos do ambiente urbano, cada um seguiu no seu ritmo, vencendo as montanhotas e subidinhas, até o primeiro Posto de Controle, na cidade de São Ludgero, a uma distância de uns oitenta quilômetro. Neste trecho, vi algumas pessoas ficando para trás, por pneus furado e problemas mecânicos. Lentamente eu ia encostando em alguns pequenos grupos, que iam ficando para trás, por abandonarem o pelotão de frente, que era composto por atletas e jovens, como o meu amigo Della, que só não chegou antes dos primeiros quatro, porque parou algumas vezes para repousar sentado no Celite, graças ao jantar no rodízio de pizza, onde Ele, o Evando e o Marcelo, companheiros de jornada, deliciaram-se nos vários sabores da gloriosa massa. Os outros dois, tiveram a brincadeira interrompida, pela mesma perturbação gástrica.
A chegada em Tubarão, às cinco e meia da matina, coroava a etapa noturna, trazendo a luz do Sol, para melhorar a visibilidade da paisagem e da estrada. Voltamos à cidade de São Ludgero, onde fomos recebidos com uma deliciosa canja de galinha caipira, que além da carne tem as vísceras (coração, fígado) e óvulos, retirados dos ovários de galinhas poedeiras. As bolotas parecem batatinha, e a gente enche o prato, só percebendo a diferença ao provar. É uma turbina proteica, excelente para proporcionar energia para vencer a etapa mais extenuante.
Subimos a Serra do Rio do Rastro, a uma altitude de 760 metros, num trecho de cinquenta quilômetros praticamente só de subida. Esta brincadeira começou no início da manhã, durando até meio dia, quando cheguei ao topo do sacrifício. Quando me disseram que faltava apenas uns seis quilômetros, minha alma já tinha saído do corpo, e a sombra zombava da minha cara. Parei umas cinco vezes, pra me entupir de gel sei lá pra quê, barrinha de isotônico, banana seca, castanha de caju, uvas passas… até água eu tomei, neste momento de quase desistir. Doeu até a última prega, quando olhava para o horizonte, e fui ultrapassado por uma das três meninas participantes, e ouvi o ‘vamo tio….’. Na última tentação sentida pelo corpo, de pensar em não chegar, fui alcançado pelo Pedrão, um curitibano de 71 anos, que xingava a mãe de todos os organizadores, e algumas ancestrais mais pregressas. Ao final, tudo se transformou em alegria, animando o trecho final, que não poderia ser pior do que isso.
Os últimos cem quilômetros são sempre marcados pela perda do ânimo físico, mas o aumento do moral. As dores vão aparecendo, a carne vai ardendo, mas a alegria de ver o trecho diminuindo serve como um elixir, que ajuda a lubrificar as juntas. Ao mesmo tempo, o peso do alforge vai diminuindo, pois o estoque de comida vira suor, que vai ficando pelo caminho. Foi graças ao poder de transformação da canja com ovo cozido em metano, que a potência do pedalar cresceu. Cada pum exalado equivalia a uma pedalada. E não foram poucos, durante toda a manhã. O trecho da última tarde foi um pouco mais plano, mas com muitas lombas bastante extensas até a sua totalidade. Para finalizar a brincadeira, o trânsito urbano, a falta de orientação para chegar ao objetivo, e a companhia de apenas dois novos companheiros de empreitada, com quem me juntei nos últimos quilômetros, fizeram o complemento das emoções, que só a endorfina pode proporcionar.
Daqui de Florianópolis fomos juntos seis ciclodementes. Além do Della e do Evandro, o Jorge, nosso ilustre representante internacional, que sofreu pela derrota da sua seleção pela turma do Dunga, mas chegou bem antes que eu, e o Ronaldo, com quem pedalei praticamente todo trecho, junto o Gilmar, um ilustre camarada de Balneário Camboriu. Em grupo, conseguimos nos manter mais fortes, seja para melhorar a visibilidade, ou para compartilhar conversas e animações.
Apesar do rigor da prova, só tenho a registrar cumprimentos à organização, pela disponibilidade e animação da equipe, o que sempre contribui para o sucesso da empreitada. Vou me preparar para os 400 km, pra ver onde é meu limite nessa brincadeira. Andar de bicicleta é um prazer que não tem dimensão clara. Tanto nos anima nos passeios de um simples domingo, junto com a esposa, quanto essas aventuras, que nos tiram do sério, propiciando a alegria de conhecer novas pessoas, lugares e experiências. E isso não tem preço.





Huli Huli





Luiz Pereira"


Ver o "Raul", de 51 anos, levar aquela Peugeot que deveria pesar mais de 20Kg, até o PC4, no coração da Serra do Rio do Rastro, não teve preço. Parabéns pelo brevet Raul!! Abraço a todos!!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Gaúchos do Carvão

Vieram apenas dois gaúchos para o brevet. No entanto, de primeira linha. Ambos são Super Randonneurs 2009 (200/300/400 e 600 - possuem todos os brevets desse ano) e ambos tentaram a sorte no Farrapos 1000KM de julho passado. Estou falando do Edson Berreta e do Rafael Castro. Seus coletes refletivos possuíam o selo de aprovação e auteticidade da "Faccin Inspeções" (ver foto) e pedalaram todo o brevet juntos, mas só o Berreta tombou. Logo no início do trecho, ainda quando neutralizado, o Rafael teve um rasgo lateral em seu pneu (por sinal, ainda estou com o pneu rasgado), obtendo um "mãozinha" da organização em razão do trecho ser neutralizado. Ao final da prova perguntou se poderia mandar um depoimento, recebendo um sonoro "-Mas é claro tchÊ!". Segue:

"Sábado, 05 de setembro de 2009, 23 horas, o Brasil acabara de fazer o terceiro gol na Argentina e nossas bikes começavam a se movimentar pelas ruas de Criciúma. Queria assitir o jogo, jogaço... Mas, pedalar 300km por caminhos longe do Rio Grande me atraía mais. Havia a expectativa de belas paisagens e a Serra do Rio do Rastro era convidativa para embelezar essa nova aventura "randonneira". Menos de 5km rodando em grupo com os destemidos e aventureiros ciclistas e uma voz grita: olha o vidro! Psssssssss... Meu pneu furou! Furou não, rasgou. Obra de bêbado, garrafa no asfalto, pneu rasgado na banda lateral. Troquei o mais rápido que pude, com o apoio do meu companheiro de pedal e viagem Edson Berreta e uma "mãozinha" na roda do carro de apoio que iluminava nosso trabalho. Seguimos forte atrás do "pelotão", 30km/h! Estrada escura e irregular ... só alcançamos um ciclista lá pelo km 30... Numa subida! E como tinha subida! Já cansado de tentar buscar o grande grupo de ciclistas, diminuimos nosso ritmo e voltamos a normalidade. 25km/h e ritmo leve nas subidas. E como tinha subida! PC 1 chegou, alívio. Rápida regeneração, cafezinho, banana, power gel... E novamente na estrada... Pior, mais subidas. Km 89, outro bêbado querendo mostrar sua masculinidade para outros bêbados, arrancou com violência seu carro tunado a contra-mão na saída de um posto e me fez frear assustado, meu companheiro engavetou na traseira da bike e foi ao chão. Um motorista irresponsável tentando provar sua precária masculinidade quase nos tirou da prova. Bem, até o km 120, todos nós ciclistas passamos por "maus bocados" com pessoinhas pouco inteligentes e muito assustadas representando uma alegria que não convence nem a eles mesmos... Deve ser por isso que nunca estão satisfeitos! Apesar das dificuldades, pedalar estava gostoso. A estrada até Tubarão não era das melhores, mas o desafio ainda não tinha começado, lógico. Retornamos do PC 2 as 6 horas e começamos a curtir a paisagem... A estrada estava calma e o pedal começou a render. PC 3 chegou muito rápido. Parada muito importante. Sopinha supimpa, coca-cola, barra de proteína, power gel, banana e concentração... O randonnée iria começar de verdade, meninos e homens se separaram. Km 160, entramos a direita e começamos a subir, digo, continuamos a subir. E como tinha subida! E a serra ainda não chegara... E dá-lhe subida, descida, subida, subida, subida... Putz! E a serra?! Não dava pra ver... Neblina e subida não combinam com paisagem bonita. A estrada era boa, os carros respeitavam, as motos roncavam e a bike pesava... Subida, subida... Apareceu uma enorme, nem tanto, mas inclinada... muito inclinada. Minha visão estava escurecendo, falei pro Edson: "tô quebrando". Nem babava, pois não tinha saliva. Ultrapassamos o que chamamos de "rampa lança-míssil" e entramos na Serra. O que?! Só agora chegamos na Serra?! Subida, subida, subida... A paisagem começa a ficar ainda mais bonita. Olhei para o lado... Vertigem. Melhor olhar para o asfalto. E subimos, subimos, surgiu o primeiro mirante. Parada pra recarregar as baterias. Visual deslumbrante. Outros valentes ciclistas chegaram, outros já estavam por ali. E novamente subimos e subimos... Outra parada... Já estava quase no meu limite. Conversamos com um simpático ciclista argentino. Simpático argentino?! Pois é, não dá pra acreditar. Eles existem! Brincadeiras a parte, somos todos iguais é claro. A única diferença é que somos pentacampeões!! Subimos mais um pouquinho e avistamos o PC4. Já estava no meu limite. Minhas pernas quase já não respondiam... Pedalando numa speed com relação 39/52 e pinhas 12 a 26 me desgastei demais. Últimos metros, últimos 400 metros... Quase parei. "Vamo guerreiro... Falta pouco", diz o Edson pedalando numa speed com coroa tripla e usando relação 30/26... Speed randonneira tem que ter relação leve: 34/50 e pinha 12/27, tô convencido disso. Chegamos finalmente no PC da Serra do Rio do Rastro, 201 km percorridos. Minhas pernas bambas, fracas e meu corpo todo contraído. Alívio, felicidade e satisfação. Tinha certeza que estava participando do meu mais difícil brevet de 300km. Talvez até mais difícil que o brevet 400km de Santa Cruz do Sul (SCS - Canguçu - SCS 2009) em que concluí em 21 horas. O PC da Serra foi uma curtição. Comprei lembrancinhas, curti o povo, a paisagem e retornamos aliviados e seguros. Concluímos bem o brevet... Depois do km 250 tudo ficou muito tranquilo, escapamos de um cachorro rottweiler mal intencionado que esperava pelos ciclistas na porteira de casa, furei novamente o pneu no "anel viário" já no km 282 e pedalamos nossos últimos quilômetros relembrando nossa façanha... Subidas intermináveis, noite, carros, bêbados, queda, estrada ruim, subidas, subidas, serra... "rampa lança-míssel", cachorro, pneu furado, pneu rasgado... Chegada, alegria e felicidade. Meus agradecimentos a todos os voluntários e a rapaziada amiga do Maico. Gente boa, bacana, simples e amiga... Ao Maico, companheiro de randonnée aqui no Rio Grande, Super Randonnée 2009 e Farrapo esfarrapado como nós, deixo um grande e sincero obrigado e parabéns pelo ótimo trabalho no Audax do Carvão. Não é fácil organizar uma prova como essa, vocês merecem nossa admiração.
A todos os randonneurs que concluíram o brevet meus parabéns, pois não foi fácil, acho até que é o mais difícil do Brasil.
Abraços ciclísticos,
Rafael Pereira de Castro
Super Randonneur 2009"
Randonnée é dor, sofrimento, superação, disciplina, persistência, pragmatismo, competência, obstinação e, sobretudo, amizade. Costumo dizer que o "sofrimento é democrático". Na longa distância, todo mundo apanha, não importa o condicionamento ou o porte físico. Conheci o Berreta no 300KM da Serra, de Caxias do Sul/RS em maio deste ano. Depois, o Rafael no 400KM de Santa Cruz do Sul/RS. Identificação imediata. Pudera, somos todos da mesma tribo, somos todos randonneurs.
Abraço a todos!

Fortes amizades no Randonnée do Carvão

Vamos falar dos dois “pescadores” de Balneário Camboriú. O José Roberto do Carmo e o Henrique Wendhausen da Silva. Logo no início da prova, já estavam ocupando, despreocupadamente, a rabeta do pelotão. No briefing o Wendhausen já disse para o que tinha vindo: “Vou fechar a prova! A última colocação já tem dono!”. Quando o Zé Roberto sobrava, o Wendhausen dava uma voltadinha só pra seguir na rabeta com ele. E assim foi, até a Igreja de São Gervásio e Protásio, no Rio Maior, em Urussanga (foto), quando aconteceu a primeira desistência do 300 do Carvão. Ao final daquele ciclo de subidas o Zé Roberto dava adeus ao brevet prometendo vingança/revanche no ano que vem. Gostei do espírito. O Zé Roberto, popular Zé Bigode (agora sem, claro), dispensa apresentações, na foto de abertura deste blog é ele com sua “bike tunada”. Já, quanto ao Wendhausen, que no transcurso do brevet ganhou o apelido de “Linguarudinho”, posto duas belas fotos de sua performance por nossas estradas, além de um depoimento enviado a organização:


"Bom dia!

Grandes do AUDAX DO CARVÃO!!!!!!

É com muito prazer e satisfação que escrevo estas palavras em agradecimento a atenção dispensada por Vocês aos Audaxiosos do 300 km, que pelo meu cronômetro foram 313 km. Lá no meio do caminho depois de subir meio mundo os pensamentos já estão meio desgastados imaginando o que se tem pela frente. Mas toda força retirada do nosso corpo pelas cabeças já meio debilitadas vão se dobrando ao passarem pelos PCs. O ser humano é muito aguerrido, adora uma disputa. Eu, pessoalmente, participo dos Audax por que não é uma competição, e está ligado diretamente ao cicloturismo, a um passeio com belas paisagens como foi este que Vocês organizaram brilhantemente. Muitos devem se perguntar lá no meio do caminho o que estou fazendo aqui, subindo, descendo, subindo, descendo e assim vai. Mas o verdadeiro espírito do Audax está nas pessoas, aquelas que dão moral, princípio e organização ao evento, a princípio não os que participam por que estes vão pelo prazer e lazer. A organização não é só botar as coisas nos devidos lugares é se fazer presente como ser humano e isto Vocês o fizeram com muito louvor.
Pedalei 300 km por uma passagem deslumbrante que espero repetir o ano que vem, as dificuldades que encontramos foram totalmente superadas pela total atenção dispensada por Vocês a cada PC pelo caminho até o ultimo instante, por isto Eu digo cobrem o dobro faço questão de pagar mas não deixem de organizar os próximo 300 km pelo mesmo trajeto. Quem participou deste vai treinar mais, os novatos vão ser colocados a prova, parabéns de novo, Vocês merecem. Despeço-me aguardando notícias para breve.

Um abraço

Henrique da Silva Wendhausen"

Ao final, o Linguarudinho mostrou que é homem de palavra. Após 19h22m de pedal, concluía o brevet junto do veterano Pedro Burba e da guerreira Greiciely Lopes, ambos de Curitiba/PR, e quem o esperava na linha de chegada, emocionado, era seu parceiro de pedal, Zé Bigode. Randonnée é isso: um mix de dor e emoção que sempre rende um caldo temperado. Agora, após filosofar bonito, vou almoçar. Abraço a todos!!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Vale tudo para brevetar

Após o belo depoimento do Eduardo Diniz, Machado, Souza...etc, etc, etc, nos comentários do post anterior. Não poderia deixar de falar das gambiarras que encontrei em nosso randonnée. A primeira, sem dúvida, é a do Rohling, randonneur rio-fortunense, que pelalou 250km e fez outros quase 60km "a galope". Chegou a retirar as sapatas de freio traseiras para que a adaptação ficasse perfeita, faltou apenas trocar o selim por uma bela sela... A foto ao lado, batida no PC5, não me deixa mentir. A bela Kona do Fábio provou ser uma excelente eguinha pocotó ("pocotó, pocotó, pocotó...", o Fábio ficou no refrão dessa música por 60km). A outra gambiarra foi o surgimento de uma híbrida em Lauro Müller. Acredito que era o "Hernades" lá de Laguna. Seu pneu deve ter rasgado e ele descolou um 2.5 para a dianteira. Pelo menos rodou os últimos 70km da prova com segurança, 1.0 na traseira e 2.5 na dianteira, a bike sair de frente então, nem pensar! Pena que dessa híbrida não tenho foto.



Abraço a todos!!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

BIKE 100 LIMITES no Carvão




Três blumenauenses vieram se desafiar por nossas bandas. O Huskes, o Urban e o Ribeiro. Brevetaram no bom tempo de 17h18m. Fizeram a prova juntos, exceto quando o Urban ensandeceu e encarnou o Pelizzotti no Rio do Rastro, fazendo muitas vítimas ao longo da tortuosa subida, num ritmo alucinado até o PC 4 (aquele do sósia do “Salum” da TVBV). Acredito que tenham gostado de sofrer por aqui e os espero em outros desafios. Quem curte sofrer sempre será bem vindo em nossos randonnées. No final de tudo, gravaram um vídeo bem produzido e com uma trilha sonora “do peru”! Confiram: www.vimeo.com/6496229.




Abraço a todos!!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

No clima do Audax/Randonnée

Primeiro causo: Neste brevet o briefing não teve qualquer pompa (gosto da coisa dessa forma), foi feito em um ginásio pequeno, nos fundos do "ginásio mãe" da Unesc. Bikes, inscritos, familiares, organização, voluntários e curiosos, todos num só lugar. A energia era muito positiva. João Hipólito Garcez, popular João Pedalada, que já correu Audax no Rio Grande do Sul alguns anos atrás, sempre estabelecendo tempos expressivos, chegou ao briefing para interagir com os participantes e na hora foi acometido pela coceirinha. Resultado: acabou largando com os cinquenta e cinco furiosos. Soube que sua família acompanhou de perto a prova, tendo seu filho ficado muito orgulhoso do pai, que extraoficialmente brevetou o 300 do Carvão em 12h17m de prova (fez questão de pedir aos voluntários que registrassem seu tempo nos PCs e assinava embaixo). Randonnée (nada além do que passeio, em Francês) é isso, o estilo livre em sua acepção pura, a democracia do sofrimento.
Segundo causo: O inscrito Ubirajara, popular Bira, não largou, pois tinha convicção de que não completaria. No entanto, como reside em Orleans, aproveitou quando os randonneurs passavam por sua cidade com destino ao PC5 e foi no embalo, após sentir já conhecida coceirinha. Suou a camisa, brincou, interagiu, perturbou, falou, e como falou, curtiu a prova do seu jeito, é um randonneur. Fez questão de pedir aos voluntários que registrassem seu tempo no PC5 e na Chegada, só para entrar no clima...
No randonnée, o importante é chegar em casa com a convicção de que você deu o seu melhor, cada um a sua maneira.
Abraço a todos!!

Voluntários do Carvão



Foi-nos dito pelos inscritos que um dos grandes diferenciais desta prova foram os voluntários. Acredito que o engajamento deles no evento deu-se em razão de todos, atualmente, serem cicloturistas. Durante o briefing, relataram da coceirinha que lhes acometia, queriam pegar uma bike e seguir junto dos cinquenta e cinco corajosos. É a identificação. Quando a tribo está reunida é preciso estar junto. É muito fácil simpatizar com seus iguais. Turma de Urussanga: Maico, cicloturista audaxioso, amador convicto, pois não tem mais idade para ser World Champion de nada; Maurício “Promessa” Viel (estava sempre comigo no Clio branco), 14 anos, promessa urussanguense no ciclismo, está sempre em todas! (aquelas que seus pais deixam...); Fernando “Toxiro” (aquele do cabelo pintado de branco...), figuraça dos PCs 2 e 5, apaixonado pela bicicleta e suas vertentes; Elvis “Carvalho” (o mais cabeludo, que dirigia a Saveiro prata com Metálica no último volume), também dos PCs 2 e 5, estudante de Educação Física, louco por esportes e ocupando a bicicleta um lugar especial em seu coração. Turma de Criciúma: rapazes do PC 4, o temido, Moacir e Everton, ex-ciclistas profissionais, funcionários da loja Bike Point de Criciúma, vivem a bicicleta desde a adolescência; nos PCs1 e 3, Evandro “Bosa”, mecânico número 1 da Bike Point de Criciúma, vive, respira e se suja com óleos e graxas das bicicletas, costuma dar nó em pingo d’água, quadros tortos, aros de alumínio zincado, câmbios indolentes, etc, etc, etc.; por fim, também nos PCs 1, 3, além da premiação na Chegada, Augusto “Maninho” Canabarro “Patrãozinho” de “Business” Freitas, é a personificação da bicicleta na região sul de Santa Catarina, para desespero de sua família, sempre tem um passeio bem organizado agendado (www.bikepointadventure.com.br), coloca até o mais “vadio” pra pedalar, e para os clientes: sempre tem uma Scott na promoção! Lembrando que as mulheres do Bosa e do Maninho também ajudaram nos PCs 1 e 3, lembram de duas “bicudas” por lá?! (vou apanhar por causa disso...)



Abraço a todos!!

Hospitalizados do Carvão

Duas quedas marcaram o brevet. Na primeira, o Fabiano Biatheski, popular Binho, de Criciúma, perdeu o controle de sua bicicleta na descida a São Ludgero, próximo ao PC1, e machucou sua face. Foi atendido no hospital de Orleans e levado para casa pelo Augusto. Foi-me relatado que no retorno para casa o espírito audax ainda imbuía o Binho, que se sentia orgulhoso com seu desempenho, pois havia treinado e se dedicado com afinco nas últimas semanas e com a quantidade de ciclistas que tinha deixado para trás. Tudo o que sei desta queda foi-me relatado por terceiros. Portanto, caso o Binho, que é seguidor deste blog, sinta-se tentado a fazer algum comentário ou consideração a respeito, que não se acanhe. A segunda queda, deu-se na saída do PC4. Luan Roldão Ramos, ciclista de Morro da Fumaça, o mais jovem dos inscritos, perdeu o controle de sua bicicleta e achou um “guard-rail” na Serra do Rio do Rastro. No hospital de Lauro Müller, após dez pontos no peito e dois no braço, respirava aliviado ao saber que o raio-x revelara não ter quebrado nada. No máximo a bicicleta. Mais uma vez, caso o Luan queira manifestar-se através de e-mail ou comentário, pode meter ficha.

Faço votos que a violência das quedas relatadas não esmoreça a vontade do Binho e do Luan. Não é para ter medo, pois quem tem medo deixa de viver; mas também não é para ser louco; pois os loucos morrem cedo; o gostoso é desejar os desafios a que nos propomos e resignar-se ante o inevitável. O que não tem remédio, remediado está. Espero vê-los na série 2010!

Abraço a todos!!

Organizador - uma outra forma de brevetar

Desde 2007, em meu primeiro contato com o Audax, em Lajeado, Rio Grande do Sul, a coisa virou uma cachaça! Agora, setembro de 2009, após o primeiro Audax organizado, entendo porque o Kieling, após visitar minha casa no final de 2008 e dizer que 2009 organizaria seu último Audax, continua com seu belo e informativo blog ativo (www.audaxlajeado.blogspot.com) e já deve estar pensando na série 2010. Organizar é fazer a prova de um jeito diferente. Quando você corre, o foco é no cronômetro/percurso e você faz a sua prova. Na organização, você entra na prova de diversos inscritos e, ao mesmo tempo, deixa um pouco de você por lá. É uma grande troca de energia em que todos ganham. Resumindo, ser voluntário é muito gratificante. Agora entendo porque o Miguel (diretor e anjo da guarda do Brevet Farrapos 1000km de SCS/RS) se dispôs a vir a Criciúma/SC nos auxiliar, caso necessitássemos. Ao longo da semana, pretendo contar um pedaço de cada história que interagi, nos 302KM do brevet.
Abraço a todos!!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Os 40 do Carvão

Os quarenta brevetados: Alexandre Zukoski de Oliveira; Alvize Faquin; André Henrique Chagas; Antonio Geraldo Pizolati Junior; Cláudio Domingos Baesso; Conrado Damiani Mazzuco; Edson Carlos Berreta; Eduardo Diniz Machado de Souza e Silva; Fabiana Kelly Atallah; Fabio Alberto Dipp; Fábio Rohling; Fábio Urban; Fernando Genovez Neto; Fernando Natal; Gilmar Mohr; Gilmar Pedro Capelari; Idalino Bonotto; Greiciely Lopes; Henrique Wendhausen da Silva; Iremar Gava; João Ricardo de Azeredo Borba; Jorge Luis Rovetto; Luciano Galicki; Luiz Carlos Pereira; Maguido de Matos Estano; Marcello Arthur Benedet; Marcelo Mazon; Marcos Ricardo Huskes; Miguel Etges Rodrigues; Milton Carlos Della Giustina; Nivaldo Peroni; Pedro Burba; Rafael Pereira de Castro; Ricardo Augusto Ribeiro; Ricardo Ricken de Oliveira; Rinaldi de Costa; Roberto Hernandes de Souza; Ronaldo Marcial Pasquini; Valmir Francisco Carminati; Vladimir De Marck. Todo o Audax/Randonnée é uma guerra, não importa a distância. O cronômetro regressivo é cruel e implacável. A musculatura é de fibra e cede. Vencer o cronômetro requer fé e tenacidade. Meus sinceros PARABÉNS aos 40 obstinados do carvão!! Que a série 2010 venha quente, pois estes 40 estarão fervendo!!

Release do 300 do Carvão para os jornais da região



Sábado, 5 de setembro, 23h, lua cheia, não chovia e não ventava. Apreensivos e cheios de adrenalina, cinqüenta e cinco ciclistas de dois países e três estados brasileiros largavam da UNESC para o desafio ciclístico de suas vidas: 300 quilômetros do Carvão. Até as 18h22m do dia 06 de setembro, domingo, momento em que os três últimos guerreiros alcançavam novamente a UNESC, numa batalha em que quinze ficaram pelo caminho, sucumbidos pela exaustão, sono, câimbras, fadiga de equipamentos e tombos.



Nem todo o suor; nem toda a dor; nem toda a força; nem todo o ranger de dentes; puderam suplantar a alegria e emoção presentes no semblante dos quarenta que brevetaram o desafio nas vinte “duras” horas de tempo limite. Das quatro mulheres inscritas; das três que tiveram coragem de largar; duas completaram o desafio. Este Audax de 300 KM, dito por muitos brevetados como o mais difícil do Brasil, é prova inequívoca de uma máxima: “Audax não se ganha; se conquista!”.



Promovido por Augusto Canabarro de Freitas, Maico Bez Birolo e Rogério Giron Claumann, o primeiro Audax 300K da história de Santa Catarina teve como apoiadores a bicicletaria Bike Point, de Criciúma; a rede de Supermercados São Pedro, de Urussanga; e a Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, de Criciúma.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Post final antes do brevet

Durante todo o período de inscrições o "Termo de Responsabilidade e Acordo de Implicação de Risco" esteve disponível para download no site (http://www.audaxcriciuma.com.br/). Este documento é o mais importante para uma organização. Todos aqui farão o possível para que os 67 inscritos possam aproveitar ao máximo seu desafio pessoal. Para tanto, vamos tentar criar um clima de confraternização e solidariedade entre os inscritos e, ao mesmo tempo, uma atmosfera "profissional" para o passeio. Randonnée nunca deixará de ser um passeio, mas inegável que a placa de identificação, os adesivos na bike e capacete, passaporte, bem como o cronômetro regressivo colocam o participante "na pressão" e exigem atitude por parte do inscrito. Queremos que todos venham com o espírito preparado para uma verdadeira batalha. Todos os inscritos são maiores e capazes, portanto, perfeitamente cientes dos riscos que correrão nos 302KM de prova. Sabemos que o sujeito pode morrer dormindo, mas a verdade é que também poderá morrer em um audax/randonnée. Por isso é que todos devem ler bem este documento, que assinarão antes da prova, no momento da entrega dos kits. Tal qual os inscritos, somos todos amadores, com muito orgulho, e estaremos com uma estrutura "mínima", se comparada a padrões profissionais, para atender a todos e oferecer um mínimo de comodidade, sem interferir no princípio da autossuficiência, que rege o randonnée.


Estão prontos pra guerra?! Desejem o desafio e deixem as coisas acontecerem.


Abraço a todos e nos vemos no Cantinho da Massa às 19h!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Previsão do tempo atualizada e opção de hospedagem

O "mago" Ronaldo Coutinho já se manifestou em seu site acerca do tempo no final de semana para a região sul de Santa Catarina. No que nos interessa, a prova não será fria, nem quente, seca, sem vento, sem sol a pino e sem grandes amplitudes térmicas, ou seja, parece que São Pedro, tal qual o Supermercado que nos apóia, resolveu trabalhar como voluntário.

Quanto aos hotéis, tem essa promoção de final de semana para solteiro no Hotel Centenário a R$ 35,00 (sem café da manhã), localizado na Avenida Centenário n° 3110, Proximo ao Terminal Central de Onibus, Telefone 48 - 3437 4888, Centro, Criciúma/SC. No site (audaxcriciuma), clique em "sobre"; depois em "cidade"; depois em "hotéis" e veja demais opções.

Nos vemos no sábado!!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Opção de estratégia para o brevet

“A pior velocidade que um ciclista pode chegar é a 0 Km/h (ZERO!) e ele está nessa velocidade quando fica parado no PC. Os randonnées mais experientes param muito pouco nos postos para carimbar seus passaportes. Pare, carimbe, coma alguma coisa, alongue, vá ao banheiro e saia logo, mesmo que devagar. Essa é a regra de ouro.” (Marcelo T. Guazzelli – Audax da Serra/RS).
O 300 do Carvão estará dividido em seis partes. O primeiro trecho será um dos mais difíceis, pois caracterizado por ser longo e montanhoso. O ponto positivo deste trecho é vir logo de entrada, ou seja, todos estarão descansados e alimentados. A dica é não se preocupar muito com o tempo ou média de velocidade neste primeiro trecho, evite afogar, faça-o em seu ritmo, não se afobe, vença a ansiedade, ainda há tempo para tudo. Ganhe tempo no segundo e terceiro trechos, pois são predominantemente planos. As paradas nos PCs1 e 2 devem ser rápidas. Tome a sopa da organização e relaxe um pouco no PC3. Parta determinado para o trecho mais temido da prova. Mais uma vez, não se preocupe com o tempo ou média horária, não esmoreça, apenas chegue. Este será o ponto de maior pressão psicológica da prova, não vá fazer algo de que te arrependas no futuro (desistir). Parada rápida para evitar congelamento no PC4 e curta as descidas, sem afobação, deixe para ganhar tempo a partir de Urussanga, na chegada a SC445. Ganhe tempo no último trecho prova, pois predominantemente plano.

A grande característica deste brevet é seu percurso seletivo. Uma parte dura; duas partes fáceis; uma parte muito dura; outras duas partes fáceis.

Obs.1: dependendo da direção e intensidade do vento, alguma das partes fáceis poderá se tornar média.
Obs.2: As inscrições estão encerradas. Nosso último e 67° inscrito é Luciano Galicki.
Abraço a todos!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Previsão do Tempo

Agora há pouco visitei os sites do Canal do Tempo, Climatempo e Climaterra. Tudo indica que a largada será seca, bem como a madrugada da prova. A mínima para Lauro Müller na madrugada de sábado para domingo será de 5°C e em Bom Jardim da Serra de 2°C. Considerando que o PC4 está entre estas duas cidades, preparem-se. Uma pena que nos 760m de altura do PC4 não costume nevar, pois a condição será muito favórável para o fenômeno. Naquela altura, costuma apenas acontecer uma coisa chamada "garoa de neve", uma espécie de estado intermediário entre a neve e a chuva. Para ilustrar, posto uma foto de uma noite com este fenômeno, a exatos 4°C, exatamente em frente ao PC4. O que conforta é que praticamente todos passarão no local pela manhã, apesar do PC 4 iniciar suas atividades as 6h de domingo. Tudo indica que no domingo pela manhã esquentará um pouco e a tarde, provavelmente choverá.
Abraço a todos!