quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Confirmado caso de doping no 300

Estamos esperando a contraprova. O laboratório francês "Penosovos - Malabry", após análise na urina do brevetado Valmir"zinho" Carminati, encontrou traços da substância dopante conhecida cientificamente por ratasanz-poisonous, vulgarmente chamada de "veneno de rato". Apesar da baixa concentração encontrada, essa substância costuma desacelerar os batimentos cardíacos, podendo provocar disfunção erétil e morte. Reforça a suspeita o fato do mesmo não ter saído em nenhuma foto, sempre fugindo das câmeras. O máximo que conseguimos foi esta imagem em que ele está a frente, na parte mais escura (mais moquiado).
Brincadeiras a parte, o fato é que o Valmir"zinho" assombrou a todos. Aos 48 anos, de MTB e peso indefinido (gordo é assim, nunca declara seu peso, pois está sempre emagrecendo). Deu uma aula de ritmo e de como usar a regra de ouro no randonnée. Com direito a uma "surra" em seu parceiro de pedal, o Mazon. Não o vi parado mais do que dez minutos em quaisquer dos PCs, mesmo o da sopa. Sempre constante, pedalou praticamente o brevet inteiro "solo", com a cara pro vento. Fez a prova no segundo menor tempo, em 15h25min. Ficou a pouco mais de 50min do menor tempo da prova, sendo que lá estavam quatro ciclistas com bicicletas SPEED.

Abraço a todos!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

"O que já era difícil e desafiante ficou muito mais com a troca de percurso." - Berreta

Conheci o Berreta no 300 de Caxias no ano passado. Aliás, chegamos praticamente juntos. À época estava comboiando o "Zezo Velhão" até o final da prova, em um trecho com muitas descidas e inúmeros falsos planos em descida após o presídio de São Fracisco de Paula, quando os "pesadões catarinas" passaram "voando" pelo Berreta. Restou a ele ficar de roda e "nos comer" nas subidas finais antes de Fazenda Souza. Empatia desde o começo, já no brevet seguinte éramos os "Catarinas" e o Berreta e o Rafael os "Milicos". Berreta costuma vir pra cá e passar por "poucas e boas": ano passado, pneu rasgado e derrubado por um carro; este ano raio quebrado logo "de prima". Seus brevets por nossas estradas costumam ser "de superação". Talvez por isso que ele goste tanto de vir aqui se testar. Vejamos seu relato:

Saí sozinho de POA na sexta a tarde, pois os meus amigos de pedal: Ricardo, Rafael, Sandra, Claúdio e Saul, não puderam vir por motivos diversos, mas sei que estavam comigo naquelas subidas sem fim e descidas congelantes.

Até o PC 1 - KM 66

Antes da largada é sempre aquela apreensão. Então, o que vestir? Esfriara bastante a noite, foi necessário sair com pernitos e manguitos. Até o PC 1 pedalei junto do Udo e do Guilherme aqui do RS, muitas subidas que esquentavam e descidas congelantes. Nestes primeiros km o percurso é quase todo urbano, com muita iluminação. Felizmente pouco movimento de automóveis (ano passado foi uma loucura). Lá pelo km 45 arrebentou um raio da minha roda traseira, a roda ficou descentrada, soltei os freios e vamos em frente. O problema é que não dava para aproveitar as descidas, pois a bike depois dos 40 km/h começava a “balançar” a traseira. Neste percurso pedalei mais lento, com média próxima aos 20 km/h, pois a noite tudo fica mais complicado, devido a baixa visibilidade. No Pc 1 foi servida uma excelente e quente torrada, que deu uma reanimada geral.

Do PC 1 Orleans ao PC 2 Santa Rosa de Lima. KM125

Já na saida deste PC subimos uma rampa de 5 km. Saí sozinho deste PC, também, tive que parar varias vezes para prender o raio solto, que pegava no câmbio traseiro. Em 2009 este percurso ia até Tubarão passando por Gravatal, trecho muito perigoso, devido aos bailões e motoristas bêbados. Neste ano, através da excelente iniciativa dos organizadores, foi substituído pelas cidades de Rio Fortuna e Santa Rosa de Lima. Somente com um porém: o percurso do ano passado era quase plano, e este novo é quase outra Serra do Rio do Rastro, com subidas intermináveis. Passando por Rio Fortuna, ladeira abaixo, na escuridão total juntamente com outro ciclista, fomos atacados por uma matilha de cães. Quanto mais eu pedalava, mais perto o cachorro chegava, isto a 40 km/h (fica como sugestão fazer um antidoping nestes cães). O ciclista que estava comigo passou por cima de um cachorro e felizmente devido a sua habilidade de randonneur, não caiu.
Logo depois dos cães, passou um gato preto pela frente, para mim é sorte, pois adoro os bichanos, temos três em casa.
Chegamos no PC2 por volta das 05:00 horas, congelados, e para alegria tinha uma sopa “energética” quente, acompanhada de pão e uma rosca daquelas que só existem nas cidades do interior. Foi a salvação deu uma acordada geral, vida nova.

Do PC 2 Santa Rosa de Lima ao PC 3 Serra do Rio do Rastro KM 211.

Este era o percurso mais longo e ao final teríamos que enfrentar a bela e temida Serra do Rio do Rastro. Depois da sopa mágica, esperei o dia clarear, e segui a jornada de volta, agora felizmente descendo um pouco mais. Estava sozinho e preocupado com os cães na volta, pois agora seria na subida, porém antes da subida encontrei o gato preto morto atropelado no meio da pista, acredito ser o mesmo da vinda pois o local era o mesmo. Parei e tirei ele do asfalto, colocando-o no mato, para que os carros não passassem mais por cima dele, (lembrei do meu amigo Sérgio que sempre faz isso). Depois deste momento nenhum cachorro me atacou durante o restante do brevet. Até chegar em Orleans dei uma acelerada, pois queria terminar com um tempo mais baixo que no ano anterior, uma das coisas mais cativantes nestes tipos de prova é que só precisamos vencer o tempo limite estabelecido. Para mim eu sempre coloco um desafio pessoal de melhorar o meu próprio tempo. De Orleans a Lauro Muller o percurso vai se tornando cada vez mais acidentado. Em Lauro Muller, antes da subida da serra, parei numa lanchonete e reabasteci o corpo com dois sandubas, um copo de café, e mais o tão falado suco de laranja Macrovita.
Descansei uns 20 minutos e iniciei o trecho mais difícil.
As subidas são como o vento contra, se você se acomodar e não enfrentar é pior, pois não terminam nunca, e o desgaste no final é o mesmo ou ainda maior. Encarei a serra até o PC de volta, girando sempre e mantendo uma média de 15 km/h, com uma relação compacta de 34x27, cheguei lá em cima “rapidamente” dadas as circunstânscias. Lá estava o Maico, com mais um PC bem abastecido, um super sanduíche, melancia e um suco de uva natural.

PC 3 Santa Rosa de Lima ao PC 4 Morro da fumaça KM271.

A descida da serra foi tranquila, só tendo que cuidar o excesso de velocidade, pois só estava com o freio da frente, devido a quebra do “raio” da roda traseira. Até Orleans tudo relativamente bem, o problema é que as dificuldades não terminaram por aí, até Urussanga tem subidas sem fim ......... mas enfim ......... Depois de Urussanga o percurso fica mais plano, mas aí surgiu um “vento contra” até o PC no Posto Bergmann. Uns 10 km após o PC o vento ficou a favor, até a chegada, "ufa"!, nem tudo poderia ser dificuldade. Cheguei as 15h50min da tarde de sábado, uma hora a menos que no ano passado.

Filosofando:

A gente pedala e pedala, com muito tempo para “filosofar”. Neste brevet, depois de tantas subidas sem fim, descobri uma máxima que todo o randonneur de verdade deve interiorizar, não importa a distância ou grau de dificuldade do percurso:

Quando você estiver no limite da “fadiga” , o cansaço físico e psicológico será sempre maior se você optar por descer da bicicleta e descansar.

Resumindo o brevet:
Organização 100 %.

Apoio da Policía Rodoviaria Estadual 100 %
Alimentação 110 %

Altimetria 95 % não plano

Atenção e preocupação com os ciclistas 100 %

Curiosidade - Em várias cidades tinha a loja Ciclo Center. De bikes? Não, de móveis.

Valeu Maico e toda a equipe, parabéns pela organização e coragem em fazer frente a
uma prova com enorme complexidade e dificuldade em todos os sentidos. E também parabéns a todos os ciclistas que concluíram ou não.
Ano que vem estarei aí de novo no 300, no 200 se mudar o percurso de Criciúma até Bom Jardim da Serra.


Berreta é casca grossa! Berreta é do Carvão! Berreta, grande abraço e nós é quem agradecemos!!

Obs.: conselho de amigo randoneiro, pois vi que tua roda é shimano. Livre-se dela. A Shimano sabe fazer câmbios de bicicletas e molinetes para pesca. Ainda não aprendeu a fazer rodas.

sábado, 2 de outubro de 2010

Surto de "Síndrome do Cavalo Paraguaio" no 300

Essa síndrome é mais comum do que se imagina. Dessa vez atacou o Toxiro, que não resistiu a seus imprevisíveis efeitos colaterais e acabou desistindo com intensas dores no joelho logo após o PC1. Também quase tirou da prova o "Popeye" Bonotto, que se viu apurado para alcançar o PC2 e lá, não fossem os sul-caxienses o terem acolhido como a um filho, certamente teria abandonado o brevet. Curiosamente, ambos ciclistas urussanguenses, o que leva a crer que em Urussanga esse vírus pode estar suspenso no ar.

Abraço a todos!!

Relato do Pacato

O Pacato é daqueles caras atenciosos, que destinam tempo para todo mundo e que quando vem correr um audax não conquista somente o brevet, mas também grandes amizades. Conheci o Guilherme no 400 do Santa Ciclismo ano passado. Como eu e o "Zezo" éramos os únicos catarinenses presentes na prova, logo nos procurou para falar da Serra do Rio do Rastro. Quando soube que faríamos um brevet ali, já se empolgou e disse que tão logo fosse possível viria. Acabou de cumprir sua promessa. Vamos ao seu relato:

Introdução:

Esse brevet começou com uma história triste: eu tinha planos de fazer o Brevet 1000 - que seria uma semana antes do 300 do Carvão - e certamente não estaria recuperado para pedalar na temida e almejada Serra do Rio do Rastro. Mas não obtive o necessário Brevet 600, classificatório para "OZMIU"/Giro do Chimarrão. Fiquei triste por algumas horas mas a lição foi tão boa quanto uma medalha: treinar, treinar, treinar e perder peso... Então a vontade de pedalar novamente num evento do amigo Maico pode se realizar e ainda tive o prazer de compartilhar a viagem de carro até Criciúma e pedalar o brevet com o grande Udo Carlos Weissenstein - o Paiudo de Vera Cruz - RS. Destaco que na manhã de sexta feira - dia da largada do brevet - o Udo chegou na minha cidade pedalando um "pequeno trecho" de 60km (metade do caminho ele fez de ônibus) e na tarde de domingo ele foi pedalando de Portão até Vera Cruz, mais 130kms, assim foram mais ou menos 200kms de pedal para "deslocamento" em razão do 300 do Carvão!!!

Momentos pré-prova:

Já em Criciúma (após 340kms de carro) a Bike Point (que bela loja!) foi nosso destino para retirada dos kits e reencontro dos amigos "randoneiros". Janta no Cricíuma Shopping Center onde encontramos o amigo Berreta de Porto Alegre e renovamos o estoque de carboidratos com muita massa! No Hotel Ibis o Udo deu uma dormidinha no carro antes do briefing e eu reencontrei o Paraíba que me lembrou da ajuda recebida no PC3 do 200 do Carvão (apoio psicológico e um Dorflex) que o levaram a linha de chegada e o habilitaram a estar presente neste desafio de 300kms, quando recebemos as últimas coordenadas da rota.

O Brevet:

Momentos antes da largada muitas super-bikes e super-ciclistas aglomerados próximos a saída do Criciúma Shopping para espanto dos "pedestres" naquela noite de sexta feira. Pontualmente às 23hs iniciamos o trajeto pela "firula neutralizada" seguida do belo e longo trecho que eu já conhecia até o PC 1, onde a torrada era boa e o descanso valioso, pois estávamos prestes a encarar o 1° Prêmio Pessoal de Montanha - PPM. Pedalar a noite tem seus inconvenientes e talvez o maior deles seja o sono, inimigo que quase imobilizou meu parceiro Udo mas foi superado com a ajuda da "mesa de bar" duas horas antes do amanhecer. No PC2 a sopa estava boa para tirar o frio da madrugada e o suco Makrovita deu a energia necessária para recompor o desgaste do segundo PPM (...e pensar que ainda tinha a Serra do Rio do Rastro pela frente...). Dia claro, o retorno até São Ludgero foi quase tranquilo, mas eis o 3° PPM (a mesma Serra do 1° PPM, só que agora pela mão inversa) para abrir o apetite e garantir o lucro do setor gastronômico de Orleans... Aproximadamente 180km pedalados, iniciamos a "perna" que culminava na Gruta e Lanchonete Serra do Rio do Rastro - PC3 a 31kms, e tome subida!!! Foi difícil, mas MUITO GRATIFICANTE! Pessoalmente eu havia passado na Serra do Rio do Rastro há uns vinte anos e de carro. Como ciclista sempre quis escalar a "bicha" (descer também é legal, mas não dá tempo de olhar a paisagem) e fazer isso em um brevet, seria "oficializar" minha conquista pessoal, daí o bem bolado 4° PPM a 770 metros acima do nível do mar. O PC3 foi só alegria (estávamos no topo e havia fartura de comida), embora um conhecido guerreiro insistisse em desistir, mas com o apoio do Pelotão Gaúcho e do randonneur/organizador/rescaldista Maico a superação foi promovida e a glória alcançada: PARABÉNS PARAÍBA!!! Assim seguimos "sem alterações" até o PC4 onde estavam os randonneurs Café e "Tio Conrado", garantindo o apoio necessário e contando umas histórias... E eu que esperava pelo Morro da Fumaça como uma elevação de grande porte descobri que era uma nome de localidade e segui feliz até o local na companhia dos amigos Udo, Klaus, Mogi e Paraíba!

Depois do Brevet:

Banho.
Janta.
Cama.
Café da manhã.
BR-101.
Casa!

Destaque:

Não tem preço auxiliar um ciclista a completar o brevet, da mesma maneira que eu também já fui auxiliado, e receber a gratidão sob qualquer forma de manifestação, pois não estamos competindo uns contra os outros, mas contra nós mesmos. Nesses momentos costumo sempre lembrar de Gandhi: "A força não provém da capacidade física, mas de uma vontade indomável".

Observação:

Sim, adoro comer e o rango é motivo de destaque em qualquer Randonnée! rsrsrsrsrsrsrsrs

Abraço a todos os envolvidos no 300 do Carvão!!!

Guilherme "Pacato" Holdefer
Super Randonneur 2009
13 Brevets de Randonneurs Mondiaux

Pacato, grande abraço!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Trio "não se entrega"

Zeca, Gláucio e Marinho. Remanescentes da extinta equipe "Cobra" do Amateur Tour. Eles sempre estiveram no saco de apostas para os desistentes. Mas o saco foi ficando assado e, ao final, cortamos nossa língua. Pois após 19h03min de prova, estavam todos cruzando a linha de chegada para serem recebidos por suas famílias. Espírito audax e de sobrevivência no brevet, do começo ao fim. Só lamento não ter registrado o momento da batata doce na parada de ônibus em Orleans.

From: Labieno José Cavalcanti
To: Bike - Glaucio Spillere
Sent: Tuesday, September 28, 2010 10:12 AM
Subject: audax300

Caro Glaucio,
É possível que neste sábado eu vá para Fpolis. Então não poderei pedalar. Se não for te aviso. Também acho que, no audax300, nosso trio deu certo. Eu estava inseguro se conseguiria completar e a companhia de vocês dois foi um fator decisivo para mim, acredite. Meus ossos pubianos ainda estão doloridos. Na descida depois de Orleans minha bike desenvolveu velocidade e por isso me distanciei de vcs. Na descida da Santa a mesma coisa. Depois de Estação Cocal, contra o vento, eu estava muido. Quando fizemos o contorno da Fumaça ficamos a favor do vento e passamos a pedalar melhor. Então, antes da rótula, ficamos no vácuo daquele senhor com uma barra forte, pedalando sem as mãos e mais rápido que nós! Não estávamos nem a 20km/h. Naquele momento me bateu um nervoso e pensei: a dor que vá para o inferno! E resolvi acelerar até o quanto aguentasse. Então não parei mais. Passei o cara da barra forte, subi o morro depois da rótula do Posto e finquei o pé. Só lembro de olhar para o velocímetro e ver a marca de 40km/h. Os pulmões queriam sair pela boca, mas as dores cessaram, gozado. Levantava nas subidas e não aliviava. Quando passei pelo caldo de cana, a quase 40km/h, o Jack Sparrow (vulgo, Fly; vulgo, Maguido) me viu e veio atrás, me caçando no mesmo ritmo, tentando me passar. Começamos a apostar uma corrida. Nenhum dos dois queria ficar atrás. Ele corria e eu corria mais. No trevo do Pontilhão ele me passou e não consegui alcançá-lo mais. Minhas pernas já não me obedeciam direito. Então, aceitei a derrota, e segui naquele ritmo de 35km/h até a Chaminé e finalmente terminei a prova. Ufa!!! Obrigado a vcs. Sozinho acho que não teria conseguido. Abração Glaucio.


Glaucio responde:

Difícil também foi conter a ansiedade nas horas que antecederam a Largada. Dúvidas de se inscrever (bem feito, na próxima não vou ter mais dúvidas), noite com sono muito leve, dia (na sexta) que nada rende. Misto de preocupação, ansiedade, mistérios a serem desvendados.

Lembro quando tu pediu para ir mais rápido senão não ia dar tempo antes de Orleans, na verdade, tive que parar antes porque não conseguia colocar a caramanhola no lugar. Depois disso bateu uma leve dor-de-barriga achei que o pior viria, dai comecei a pensar em parar em Orleans, dormir num posto ou voltar de taxi.

Mas passou porém sempre vem algo em seguida, as caimbras que as baguinhas e a Malto do Marinho ajudaram, porém as dores no joelho foram surgindo.

E fui convivendo com a dor no joelho, porém a vontade de completar era maior, afinal já tinha chegado até ali (Orleans na volta), então era tentar subir pra Santa, tempo tinha bastante.

E ali pra chegar na Santa... só temos noção do quanto a subida é enorme, quando estamos descendo.

Como de Guatá a Lauro Muller é longe... em Orleans sentamos numa parada de onibus (vimos que tu estava subindo), apreciamos uma batata doce inteira de cada, coisas do Marinho, imagina depois o efeito. Aliás, cada vez que tu te levantava, imaginava que tu tava abrindo a descarga. Outra maravilha foi a chegada a Urussanga, parece que estavamos em casa.

No carro, na volta, a esposa perguntou porque eu quase não falava, mas pudera, quase não conseguia falar de cansado, ou talvez não conseguia expressar meu sentimento, foi incrível.

Bom tomei banho, café, 1 dorflex e fui pra cama, me apaguei.. 13 horas de sono ininterruptos.

Só acho uma coisa nisso tudo... "tais estressado, vai pedalar !!" . Tudo melhora.
Um abraço
Glaucio

Ao Glaucio, faço jus às palavras de Simon Murray: Audax "(...) é uma dessas coisas boas de lembrar, bem depois, mas um inferno fazer."

Abraço a todos!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Resultados - 300 do Carvão

Não me surpreende os tempos altos dos "completistas". Em uma prova em que o grande objetivo da organização foi o de valorizar ao máximo a conquista de quem vencesse o trajeto, na largada me sentia como o Capitão Nascimento: "Protejam suas almas! Pois seus corpos já nos pertencem!!" Pelo menos, mesmo que na marra, conseguimos fazer com que todos curtissem a prova. Pois, quando o trajeto é fácil, o sujeito baixa a cabeça e "soca o pau" o tempo inteiro. No PC2, pelo estado que a maioria chegou, estava justificada a quantidade de urubus que vi na beira da estrada quilômetros após fechar o PC.

Abraço a todos!

3º Link de fotografias

Desta vez são fotos do Udo, "Paiudo". Lenda do randonnée gaúcho, mais de 40 brevets ACP homologados, de todos os níveis e distâncias. Isso sem contar nas indiadas, que rendem pontos apenas no "Cartão Funai", de uso pessoal e intransferível. Recatado, de poucas palavras, implacável. Neste randonneur o cronômetro encontra um belo adversário. Possui determinação incomum. Quando se dispõe a fazer alguma coisa, nada o desconcentra, mesmo que seja somente dar um cochilo ao longo do percurso (como na foto ao lado). Obsecado por mapas, auxilia qualquer organizador quando solicitado (incluindo o Audax Criciúma). Possui o excêntrico hábito de ir e voltar aos brevets pedalando (apenas a título de exemplo: nesse 300 veio acompanhado do Pacato, "ciclista caiense". Na sexta-feira, dia da largada da prova, para pegar carona com o Pacato, pedalou 60km e fez os outros de ônibus para chegar a São Sebastião do Caí; no retorno, domingo, dia seguinte após o brevet, fez pedalando os 130km que separam São Sebastião do Caí de Vera Cruz). Debutou por nossas estradas no 300, talvez por isso tenha sido tão turista (150 fotos, o que dá uma foto a cada 2km de prova). Com isso, queimou a "gordurinha" que precisava para visitar o mirante da Serra do Rio do Rastro (a dolorosos meros 7km do PC3) no meio da prova. Em contrapratida, deixou um legado para todos, reconstituindo todo o percurso, muitas vezes com comentários bastante espirituosos. Recomendo a visualização de suas fotos a partir da primeira para que todos possam relembrar o brevet. Udo, muito obrigado por nos ter honrado com sua presença e esperamos ter conseguido lhe proporcionar um bom passeio.

Abraço a todos!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

2º Link de fotografias

Temos agora as fotos do Rafael Dias Menezes, vulgo "Mogi", de São Paulo. O Rafael foi uma ilustre presença no 200 desse ano e no 300 nos brindou novamente com sua companhia. Tão ilustre que serviu de modelo para o cartaz de nossa prova, conforme demonstra a foto ao lado. Precavido, só roda com alforges laterais; preza pela segurança, rodando apenas com pneus "tipo trator" (2.0>); excêntrico, usa trajes que merecem um selim da "brooks" em sua bike, um verdadeiro gentleman pedalando.
Obs.1: foi picado pelo "fungo do randonnée" ainda esse ano e debutou em nosso 200. Gostou tanto que está prestes a completar a série 2010, caso obtenha sucesso no 600km do Audax Brasil em 20/11 próximo. Alguém duvida que ele se consagrará Super Randonneur?!
Obs.2: completou nossa prova em 19h22min. Só o vi nervoso quando seu pneu furou após às 17h15min da tarde lá pelo km275. Sem emoção não tem graça...
Obs.3: o 200 passado rendeu um "causo" do Rafael, contado pelos voluntários do PC2, à época em Rio Fortuna. Ao chegar no PC e carimbar seu passaporte, os voluntários ofereceram água e informaram que o Bar São Paulo estava oferecendo um misto quente. Lhes foi respondido: "-Não, obrigado, mas já tenho tudo que preciso." Foi quando ele tira uma garrafa PET de 2 litros cheia de amendoins torrados. "Ohhh!! Bagual véio!"
Obs.4: aproveitem que entrarão na pasta de fotografias do Rafael e visitem suas fotos da cicloaventura solo na "Estrada Real". "Donde" foi retirada esta foto aí ao lado, em que descobrimos o que realmente o faz feliz.

Abraço a todos!!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Agradecimentos

Primeiramente aos nossos patrocinadores: os inscritos. Eles quem financiaram a prova, muito obrigado. Tivemos o Supermercado São Pedro que nos apoiou, doando água mineral, bananas e melancias para a prova. Tivemos ainda o Hotel Ibis que gentilmente nos cedeu o espaço para a realização do briefing. Por fim, o Criciúma Shopping que nos cedeu o espaço para estacionamento (afinal, R$3,00 por 24h de estacionamento seguro, é praticamente dado) e local de largada e chegada com visibilidade e segurança. Não que quiséssemos "aparecer", mas como não tínhamos dinheiro para divulgar a prova, no mínimo curiosidade despertaria nas inúmeras pessoas que viram a todos, aquele bando de marmanjo abatido e aliviado chegando no Criciúma Shopping durante toda a tarde de domingo, provocando comichões em diversos pais de família que estão se amarrando para comprar uma bicicleta e se juntarem a nós nesse maravilhoso "mundo de Marlboro!". Falando em alívio, o semblante do Marinho na foto diz tudo.
Não posso esquecer dos voluntários. No PC1, aquele cara de chapéu e bigode, acompanhado de sua mulher, na verdade é o Cláris Damiani, pai do Urussanguense Cirããão, n°29 na prova, que não pode largar por compromissos profissionais. No PC2, estavam meu pai e meu parceiro de aventuras, o Super Randonneur Rogério "Zezo" Giron "Velhão" Claumann "Alzheimer". No PC4 estava o "amigo bundão" Café. Colou uns 4 "band-aids" na cara uma semana antes do brevet, depois alegou ter feito uma cirurgia e contou uma história triste, acabando como voluntário na prova.
Temos que tirar o chapéu também para os donos dos estabelecimentos comerciais pelos quais a prova passou. A começar pelo PC3, em que não tivemos voluntários e o Varlei "Salum" Mariot, proprietário do Rio do Rastro Lanches, segurou as pontas, junto do seu filho William. "-E aquela melancia?! Que coisa de outro mundo?!"
Tivemos também o PC1, na lanchonete do "seu Edo". Esse, acostumado a ser PC em provas de enduro de moto e jipe, ficou impressionado com a educação e serenidade dos participantes. Também ouvi inúmeros comentários positivos dos participantes acerca da "simpatia" de sua garçonete, apelidada de "loira misteriosa".
E o PC da sopa?! "-Bahhh!! Mas tava boa aquela sopinha!!" Só de lembrar já vem uma água na boca... a Claudiane e o Wilmar foram sempre muito atenciosos com todos. Por fim, temos o PC4 no Posto do Xandão, tradicional "Pit Stop" da galera da bike da região, mostrou o seu tradicional tratamento diferenciado para os ciclistas.

Abraço a todos!

Obs.1: a quem interessar (hehehe) aqui vai o primeiro link de fotografias da prova. Essas são as fotos de minha máquina, batidas até a bateria acabar;
Obs.2: a quem possa encontrar-se inspirado, após toda a provação passada, querendo romper o silêncio e nos enviar um relato, tal qual o Glaucio o fez no 200 passado, não se acanhe, mande-nos um e-mail para audaxcriciuma@audax.org.br.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Release da prova

Vinte e três horas, pouco mais de dez graus, noite de lua cheia, sexta-feira, 24 de setembro. Na cidade de Criciúma, frequentadores do Criciúma Shopping, atônitos, deparavam-se com "um bando" de homens tensos e bem aparatados, como se prontos para uma batalha. Ao todo 49, provenientes de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. Mal sabiam que todos realmente estavam prestes a entrar em uma guerra, muito pessoal, chamada AUDAX 300 DO CARVÃO. Nesta guerra não há adversários. Cada um é seu maior inimigo. A regra é simples: faça 300KM sobre uma bicicleta usando de seu próprio esforço em até 20 horas de cronômetro corrido e vencerás. Todos os 36 que cumpriram essa missão, receberam a mesma honraria no retorno ao Criciúma Shopping. A prova visitou as cidades de Içara, Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Urussanga, Orleans, São Ludgero, Braço do Norte, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, Lauro Müller, além da própria Criciúma. O mais "duro" evento de ultra-ciclismo da história de Santa Catarina ocorreu sob a chancela do Audax Club Parisien e organização de Augusto Canabarro de Freitas e Maico Bez Birolo. Contou com o apoio da rede de Supermercados São Pedro, Hotel Ibis de Criciúma, Criciúma Shopping e bicicletaria Bike Point.

domingo, 26 de setembro de 2010

Depoimento de um organizador

Sabia que seria difícil. Bem mais difícil do que ano passado. No entanto, exporíamos os participantes a perigos muito menores. Também, teríamos um asfalto em melhores condições. Também, teríamos belas paisagens em um local muito mais pitoresco. Portanto, valia a pena correr o risco. Uma prova de maior distância, com poucos inscritos e em que se passa uma noite em claro, traz um envolvimento emocional muito maior entre organização e participantes. É como se comprássemos a briga de todos. Era preciso defender os mais fracos, oferecendo o suporte psicológico necessário nos pontos de parada obrigatória. No randonnée, pedala-se até aonde sua cabeça deixar. O corpo vai ficando "curtido" e mesmo que aos solavancos, leva a todos até o final. Esse pleonasmo explica tudo: "Experimenta ir pra ver se tu não chega!" A cabeça é que não pode falhar.
Só atingiríamos nosso objetivo se todos atingissem seus objetivos dentro da prova. Para o participante, ir até o limite e descobrir o que se pode suportar é uma sensação invariavelmente positiva. Para a organização, poder trocar essa energia com todos é muito gratificante. A dor e o sofrimento constroem amizades verdadeiras. Randonnée é coragem. Coragem para organizar, se inscrever, largar e voltar a pedalar após cada parada obrigatória. E o melhor, depois que se "pega" gosto pela coisa, não se quer mais parar de pedalar.

Muito obrigado a todos!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Última postagem antes do 300

Esta foi uma semana de tempo cinza aqui na região. Já começou a chover na segunda de noite. A partir da noite passada a chuva alterna com bons intervalos de melhoria. O meteorologista Ronaldo Coutinho do Prado, aqui da região, falou na rádio esta manhã que "sábado e domingo serão de tempo bom, com frio pela manhã e temperatura mais amena durante a tarde, devendo a temperatura cair a partir de sexta-feira". Parece que o brevet passará sem chuva e o tempo limpará na noite de sexta-feira, quando da largada da prova.
Em verdade acredito que a condição climática do brevet será parecida com a que enfrentei no "Pré300 Experience" nos dias 03 e 04 passados. Naquele dia largamos com pista molhada e não choveu durante todo o percurso.
Preparem-se para uma madrugada na casa dos 10Cº. Protejam seus joelhos com pernitos ou calça. No Pré300 fiz o trajeto com os joelhos expostos e não mais consegui aquecê-los durante o dia, tal a friagem que haviam pego durante a madrugada. Lembrem que Lauro Müller, Orleans e Urussanga, registraram neve há dois meses atrás.
Não acredito em chuva no brevet; muito menos em frio intenso; acredito que será similar a prova do ano passado: sem chuva; sem sol; sem vento; sem frio; sem calor; em resumo, serão ótimas 20h para um pedal.

Transcrevo aqui parte da programação do evento (ver programação completa):

Dia 24/09/10

* das 9h às 19h entrega dos kits e passaportes na Loja Bike Point (Rua Joaquim Nabuco, 170, Centro, Criciúma) - (48)34393788;
* das 21h30m às 22h ocorrerá o briefing (congresso técnico) no salão de eventos do Hotel IBIS (Avenida Gabriel Zanetti, 1090, Próspera, Criciúma) - (48) 21029000;
* Largada: 23h no Criciúma Shopping.

Dia 25/09/10

* Chegada: até às 19h no Criciúma Shopping.

Obs.1: Há mais dois inscritos, são eles: n° 46 - Gláucio Eduardo Spillere / n° 47 - Rodrigo Damiani Antunes. Não havíamos identificado o pagamento do Rodrigo. Portanto, se você pagou e seu nome não aparece na lista da postagem anterior, entre urgentemente em contato com a organização pelo e-mail (audaxcriciuma@audax.org.br);
Obs.2: O Criciúma Shopping oferecerá estacionamento seguro 24hs.

Bom brevet a todos e até amanhã no congresso técnico!!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Os 45 do Carvão

Listagem oficial de inscritos:

1 - Fábio Rohling;
2 - Jefferson Vieira da Silva;
3 - Denis Correa Ferminio;
4 - Marco Antonio Gonçalves;
5 - Larry Marcio David;
6 - Antonio Geraldo Pizzolatti Junior;
7 - Valdecir Aparecido Montresol;
8 - Rafael Dias Menezes;
9 - Daniel Loli Dorigon;
10 - Robert Salustiano Koerner;
11 - Cleiton de Oliveira Gonçalves;
12 - Maguido de Matos Estano;
13 - João Batista Lemos;
14 - Guilherme Holdefer;
15 - Fernando Copetti;
16 - Valmir Francisco Carminati;
17 - Rafael Nunes;
18 - Ricardo José Siqueira Borges;
19 - Andre Luiz Rosso;
20 - Carlos Raul dos Santos Calvete;
21 - Labieno Jose Cavalcanti;
22 - Udo Carlos Weissenstein;
23 - Marcelo Mazon;
24 - Fabiano Prudêncio Biatheski;
25 - Edson Carlos Berreta;
26 - Alexsander Bergmann;
27 - José Carlos Sacchet;
28 - João Hipólito Alves Garcez;
29 - Ciro Damiani;
30 - Idalino Bonotto;
31 - Márcio Leandro Rancan;
32 - Paulo Zanol;
33 - Felipe Zanol de Araujo;
34 - Sergio Cenci Junior;
35 - Marcelo Alexandre Rancan;
36 - Fabio Alberto Dipp;
37 - Mário César Ghislandi;
38 - Klaus Stefan Volkmann;
39 - Genival Antunes;
40 - Iremar Gava;
41 - Rinaldi de Costa;
42 - Leonir Guedes Rodrigues;
43 - Marcello Arthur Benedet;
44 - Marcelo Luiz Dorregão;
45 - Sandro Giasse Serafim.

- A média etária da prova nesse ano ficou em 37 anos, contando o inscrito mais novo 17 anos de idade e o mais "antigo" 58 anos de idade.
- Teremos participantes de 4 capitais brasileiras - 10 cidades catarinenses; 4 cidades gaúchas; 2 cidades paulistas e 1 cidade paranaense - as cidades de Criciúma e Urussanga lideram o contingente de inscritos, sendo que juntas representam mais de um terço dos inscritos.
- Ainda assim, prova de que randonnée de distâncias mais desafiadoras é uma coisa "cult", Criciúma e Urussanga no 200 do Carvão deste ano, representaram juntas 49 inscritos. No 300 de sexta-feira, não passarão dos 17.

Bom "passeio" a todos!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Informações úteis

1ª - Terça a noite (mais tardar quarta pela manhã), a listagem oficial de inscritos será publicada no blog e site. Não deveremos ter muito mais do que 40 corajosos de quatro estados brasileiros. Portanto, será um brevet que primará pela qualidade;

2ª - A programação completa do evento se encontra no site www.audaxcriciuma.com.br;

3ª - Não é preciso efetuar a impressão do termo de responsabilidade. Exceto no caso do menor de idade, quando seu responsável não possa se fazer presente na retirada dos kits, na forma descrita no site www.audaxcriciuma.com.br;

4ª - O termo de responsabilidade, devidamente preenchido, isenta o inscrito da apresentação de atestado médico;

5ª - A organização fiscalizará a trafegabilidade dos ciclistas no acostamento durante o brevet. Exceto no trecho neutralizado no início da prova, na SC-482 (Rio Fortuna/Braço do Norte), na SC- 108 (descobri este final de semana, que liga Rio Fortuna/Santa Rosa de Lima, o Google Earth está desatualizado), bem como do centro de Lauro Müller até o PC3, trechos em que efetivamentenão há acostamento;

6ª - Para quem ainda não sabe, quatro itens são imprescindíveis para se largar um Randonnée: iluminação eficiente (pilhas novas) na dianteira e traseira da bicicleta; capacete e colete em "X" (estilo guarda de trânsito, vendido em estabelecimentos que comercializam EPIs - Equipamentos de Proteção Individual);

7ª - A organização fiscalizará a utilização, durante toda a prova, do colete em "X". As iluminações dianteira e traseira poderão ser desligadas tão logo amanheça, no entanto, o colete em "X" deverá ser usado durante todo o percurso, sob pena de desclassificação. Motivo: de uma forma geral os motoristas desrespeitam os ciclistas. Por ser algo diferente, quando alguém faz uso de capacete e vestuário específico, o respeito aumenta. Por derradeiro, o colete em "X" só fará aumentar o respeito dos motoristas com os participantes no brevet;

8ª - Ainda, para quem não sabe, na véspera da prova, quando da retirada dos kits, todos receberão um "passaporte", que deverá ser apresentado nos PCs e na Linha de Chegada. Como o passaporte é a prova material da conclusão do brevet, cuidem dele. Portanto, ele é a história do participante na prova, o extravio do mesmo desclassifica o ciclista. Todos receberão um "saco zip" junto dos passaportes;

9ª - Ajuda externa não é admitida, exceto nos PCs. A organização não vê com bons olhos "carro de apoio" em randonnée. Portanto, quem quiser ter o acompanhamento de um veículo, o mesmo deverá ficar plantado nos PCs. Randonnée é autossuficiência. Um carro próximo, além de atrapalhar o psicológico do participante, poderá desclassificá-lo do brevet. Quando se está cansado é muito mais fácil fazer bobagem. Desisti de apenas um brevet. Arrependo-me até hoje.

10ª - O brevet será realizado sob quaisquer condições climáticas. Não haverá adiamentos. Motivos que poderão inviabilizar a prova: erupção de um vulcão em algum ponto da rota (sendo em local próximo e a defesa civil informar que é seguro a passagem, a prova acontecerá normalmente); dilúvio no estilo "Noé" (daqueles em que só ele e alguns animaizinhos sobrevivem); queda de um meteoro sobre a rota ou em cima de algum PC (caso caia ao lado, a prova transcorrerá normalmente); em caso de "fim do mundo" a prova será adiada por tempo indeterminado. Já dizia o "Guru Riograndense" Faccin: "O difícil não é fazer um brevet; o difícil é fazê-lo nas condições em que o mesmo se apresenta.";

11ª - Falando em condição climática, por aqui não chove sensivelmente há cerca de 60 dias. Apesar de ter visto a previsão em sites como o Climatempo e o Tempo Agora, advirto: de acordo com esses sites, teria chovido pelo menos em 45 dias dos últimos 60, por nossa região; quando não se viu mais do que 5 dias de chuva (acho que eles ainda não descobriram o La Nina...). Portanto, pela lei da probabilidade, não deverá cair um pingo d'água durante a prova. E quem é da região e culpa a condição climática por não ter treinado, está mentindo;

12ª - Aproveitem os PCs. Os PCs 2 e 3, serão em reservas ambientais do Estado de Santa Catarina, locais muito bucólicos e bonitos. Ideais para um descanso. Não deixem de aproveitar o suco de laranja Makrovita, "iguaria" da região, fabricado em Rio Fortuna e que pasmem: oferece 400mg de potássio a cada 200ml; enquanto que um gatorade apresenta meros 24mg a cada 200ml. Vocês deverão encontrar esse suco no PC2 e nos PAs do Posto Leão do Trevo em Braço do Norte e no Posto Fontanella em Lauro Müller.

13ª - Para que um participante obtenha sucesso em qualquer brevet randonnée no mundo a regra de ouro deverá ser observada. Um brevet de entrada, como o de 200km, é desenvolvido para uma média mínima de 15Km/h. Qual é a menor velocidade que um participante poderá imprimir na prova?! 0 km/h (zero). Isso sempre ocorre quando se está parado. Portanto, nos PCs, seja objetivo: carimbe seu passaporte; reabasteça; coma alguma coisa; ingira algo diferente de água ou do "veneninho" de suas caramanholas; faça suas necessidades fisiológicas e volte pro trecho. Quem fizer isso, vence.

14ª - Sobre os equipamentos obrigatórios: o colete em "X". A organização NÃO o fornecerá aos ciclistas. Todos deverão trazer consigo. Comprem, peçam emprestado, troquem... a boa notícia é que o mesmo é vendido nunca por mais de R$ 15,00 ou R$ 20,00. Para quem quer um colete estiloso, com LEDs, que não agride as roupas, existe uma marca americana chamada Nathan, especializada no assunto. O mesmo é comercializado no Brasil. Mas aí já é burguesia; e toda a burguesia tem seu preço;

15ª - Ainda sobre os equipamentos obrigatórios: a sinalização dianteira e traseira, vulgo farol e pisca, é afixada NA BICICLETA, e não no ciclista. A propósito o capacete deverá ser afivelado na cabeça (hehehehe);

16ª - Essa é para os "estrangeiros" e que serão ampla maioria nos inscritos. O hotel mais cômodo para o evento será o IBIS de Criciúma. A motivação é simples, o mesmo está situado a 50mts do Criciúma Shopping e abrigará o congresso técnico da prova. De quebra ainda está com um bom preço no quarto duplo (R$89,00), portanto não dará R$45,00 por pessoa. Também, as bicicletas poderão ser levadas para os quartos; quando ligarem ou mandarem e-mail, informem que vocês participarão do Audax. Todos os endereços, telefones e e-mails dos hotéis encontram-se no site (www.audaxcriciuma.com.br);

17ª - O congresso técnico está sendo realizado mais tarde (21h30m do dia 24/09 no IBIS Hotel de Criciúma), para que todos já possam vir "jantados" e ao final do mesmo, realizarem os últimos preparativos para a largada;

18ª - Como se chega a Criciúma?! De avião pela Trip (www.voetrip.com.br); de ônibus por inúmeras empresas (Santoanjo/Eucatur/Catarinense/União/Pluma); de trem, junto ao carvão, pela Ferrovia Tereza Cristina; de bicicleta; a pé (para masoquistas); a nado não foram registrados acessos a cidade;

19ª - A prova contará com carro "vassourinha", também conhecido como o "veículo dos degredados" para efetuar o resgate da galera estragada. Quando você perceber que não consegue ir mais nem para a frente e nem para trás, ligue para a organização nos telefones úteis que todos receberão na carta de rota durante o congresso técnico. Por isso é importante todos portarem seus celulares (de preferência o número que cadastraram no formulário de inscrição) durante a prova;

20ª - A organização recomenda a utilização de pneus 700x23C para as estradeiras (conforto e segurança) e 26x1.0 a 1.5 para as MTBs (mais rendimento). Os asfaltos são bons e com poucos buracos. Quem quiser trafegar com pneus mais largos, não há nenhum impedimento. O sofrimento será só seu;

21ª - Ao invés de levarem rosarinhos, pés de coelho, ferraduras, miniaturas de Santos e Nossas Senhoras, levem o Tuffy com vocês. Só ele salva no Audax. Já tem uma certa idade, costuma atender por "Mr. Tuffy". Todo o mecânico conhece. Converse com seu mecânico de confiança. Pode ser adaptado a qualquer medida ou largura de pneus. Um dos itens mais úteis para se evitar dores de cabeça nos audax Brasil afora. Lembrem sempre que os acostamentos das estradas são os maiores sítios arqueológicos do Brasil, até ossos de dinossauro são encontrados e tudo o que é mais duro do que a borracha poderá ser nocivo a seus pneus (só não façam como um participante que vi no 200 desse ano, em que um inscrito apareceu com dois Tuffy's para cada pneu -Tuffy Family- daí o próprio Tuffy furava o pneu do cara);

22ª - É conveniente que todos venham para o brevet com um mínimo de conhecimento sobre troca de pneus. Primeiro é importante você ter consigo na prova, pelo menos duas câmaras reservas, duas espátulas para sacar pneus e uma bomba que adapte-se ao quadro de sua bicicleta. Qualquer mecânico ou ciclista mais experiente tira este assunto de letra. Por isso, procure seu mecânico de confiança ou um amigo mais experiente e peça uma pequena "aulinha" de troca de pneus. Pratique um pouco e estarás apto a enfrentar algumas intempéries que podem acontecer no curso da prova. Não haverá apoio mecânico na prova, mas dois carros da organização possuirão itens básicos que poderão ser vendidos nos PCs, em caso de emergência;

23ª - Está com dificuldades em adquirir farol dianteiro ou "pisca" traseiro?! Seus problemas acabaram. Não poderíamos deixar de falar no "amigo bundão". Todo mundo tem um amigo que sabe tudo sobre bicicleta, costuma sempre comprar de tudo sobre bicicleta, mas quando aparece um desafio é o primeiro a abandonar o barco. Gosta muito mais de bicicleta do que andar de bicicleta. Mas tem um espírito fraterno...esse é o cara que vai ajudá-lo! De quebra ainda vai ficar orgulhoso sabendo que um farol seu vai correr um Audax!;

24ª - Acredito que agora todas as dicas e recomendações foram esgotadas. Esperamos que a prova do dia 24/25 próximos, transcorra sem problemas e que todos atinjam seus objetivos. Certa vez Paulo de Tarso mandou uma carta aos Coríntios recomendando: "Meus irmãos, sejam firmes e constantes em sua jornada." Este conselho, sintetiza a ideia de ritmo de prova que a organização gostaria de deixar para todos. Às 23h do dia 24 próximo, um bom brevet para todos nós!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Equipamentos obrigatórios

Todo o brevet é a mesma coisa: na hora da largada sempre aparece um que esqueceu o farol, ou achava que o colete era fornecido pela organização, ou ainda, com um pisca traseiro de luz branca.

Portanto, alguns esclarecimentos:

1° - Cada participante deverá trazer o seu colete refletivo. Na primeira foto da postagem anterior, estou com um colete Nathan (podendo ser encontrado na www.arcoeflecha.com.br); o Cirão está com um colete da Curtlo (podendo ser encontrado na www.bikepointsc.com.br); o Denis com um EPI (equipamento de proteção individual), popular colete em X, encontrado em qualquer loja do ramo de equipamentos de segurança. Na mesma foto, todos podem perceber o quanto este último "não" reflete a noite. Ele será permitido no brevet. Mas, para quem gosta de audax/randonnée, vale a pena investir em um colete com tecido do tipo mesh (furadinho), você não sente que está usando e não agride suas roupas (o Curtlo e o Nathan são em tecido mesh), sem falar na segurança.

2° - faróis e piscas: quem aparecer com farol ou pisca dando "os últimos suspiros" de suas pilhas, pode ficar na mão durante a prova. Serão no mínimo 8 horas de uso ininterrupto. Portanto, venham de pilhas novas. Nosso conselho: venha com um segundo farol (o segundo farol é opcional, ou seja, não desclassificaremos ninguém por não possuir um segundo farol). Na prova há inúmeras descidas. Vais te sentir mais seguro com um segundo farol. Não quer investir?! Peça emprestado para aquele seu "amigo bundão", ele ficará bastante satisfeito em encontrar alguém usando o que ele não usa.

3° - pra começo de conversa: luz traseira é de luz vermelha. Não apareça aqui com pisca traseiro de luz branca. Você tem um?! Achou "bonitinho" quando foi na loja comprar?! Faça um teste: peça para aquele companheiro de pedal que você não gosta muito, dar uma volta em sua bike com pisca de luz branca. Depois, saia de carro para procurá-lo. Cuidado, esse exercício é perigoso, poderás atropelá-lo na tentativa de achá-lo. Aqui, mais uma vez, investimentos são desnecessários. Troque o seu inútil com o do amigo bundão. Afinal, ele não usa o dele mesmo...!

4° - passaporte: é a prova material de seu brevet. Portanto, não vá perdê-lo e procure preservá-lo. No "kit" de materiais do brevet, quando de sua retirada, na loja Bike Point, vais receber, além do passaporte, um saco estanque para acondicioná-lo e preservá-lo das intempéries da prova.

5° - capacete: dispensa comentários.

Obs.: os equipamentos acima fazem parte das regras do jogo. Ciclista flagrado sem quaisquer desses equipamentos, ou com seu funcionamento irregular, estará automaticamente desclassificado do brevet.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Pré300 Experience - 03/09/2010

Havia programado o dia 03/09 para simular o brevet do dia 24/09. Simularia a prova toda, com todas as suas condições. Foi só comunicar o "plano" a alguns amigos e já consegui parceria. No dia 03/09, um pouco depois das 21h30min partimos eu, Cirããão e Denis para o pórtico de entrada do Criciúma Shopping. Pouco mais de 20km de pedal e chegávamos ao local de largada. Lá estavam o Gê e o Mano Patrãozinho a nossa espera.
Onze da noite em ponto largamos. Início nervoso. Tivemos que percorrer toda a Avenida Centenário, com o seu tradicional tráfego de "baladeiros" até chegarmos no anel viário externo de Criciúma. Após Cocal do Sul o trânsito já diminuíra consideravelmente. Chegada ao PC1, no km67, à 01h53min. Parada rápida para uma água em que "seu Edo" não nos deixou pagar. É impressionante como os quilômetros passam e a confiança aumenta. Já no posto Leão do Trevo (será PA na prova, fica aberto 24h), às 3h da matina, ligamos para o Fabão Rohling, que faria uns 100km conosco. Até Braço do Norte, foram encontrados alguns veículos de "baladeiros" e caminhões de frango (odorizando a rodovia), bem como uns poucos "bem nascidos e mal criados", exibindo os possantes carros de seus pais.
Após Braço do Norte, 80km de breu total na SC482. Não sei se encontramos um carro a cada 5km. O asfalto um tapete. Chegamos no PC2, em Santa Rosa de Lima, km125, às 5h em ponto e o trevo de Braço do Norte chegou rápido. Os 40km de ida são bem mais pesados do que os da volta, afinal na ida sobe-se o rio. Nova parada no PA do posto Leão do Trevo em Braço do Norte (afinal o PC de Santa Rosa de Lima estava fechado, acredito que no dia da prova, a parada neste PA seja desnecessária, tanto na ida; quanto na volta, em razão do funcionamento dos PCs. No retorno, poderá ser postergada para o PA do Posto Hoffmann em Orleans, ou ainda, no Posto Fontanella em Lauro Müller). O trevo de Orleans chegou rápido, o moral da moçada estava alto. Então encontramos o Saquetti, de Urussanga, que nos acompanharia até o final da jornada. Quando vimos já estávamos no Posto Fontanella em Lauro Müller. Parada para recarregar as caramanholas e começou a subida na serra. Olha, subir com 200km nas costas exige paciência. Em nenhum momento consegui imprimir mais do que 12km/h, foi duro. Mas passou, e o melhor, o pastel de palmito que comi no PC3 estava molinho, molinho... km212, PC3, Gruta da Serra do Rio do Rastro, chegada às 11h da manhã. Neste momento tínhamos 8h para completar os 90km mais fáceis da prova. O brevet estava em nossas mãos.
No trevo de Orleans o Rohling nos abandonou e encontramos o "Vorna", que seguiria conosco até o final do brevet. Parada em Urussanga para almoço no Restaurante Piatto D'oro (como estávamos adiantados, resolvemos esbanjar). Na saída do restaurante, encontramos o Paulão, que a partir dali também nos acompanharia até o final do brevet. Às 14h45min chegamos no Posto do Xandão (em sua eterna indecisão, ainda não sabe se fará apoio ou se pedalará a prova) e os quilômetros finais foram tranquilos. São sempre aqueles quilômetros de afirmação. É inexorável, você sabe que conseguirá, mas a ficha ainda não caiu. Portanto, às 16h09min, após 302km rodados, retornávamos ao estacionamento do Criciúma Shopping. Chegamos com quase três horas de "lambuja", com direito a paradas em todos os PCs, três vezes em PAs e ainda para almoço. Está aí, provamos aos inseguros que o brevet não será nada difícil. Randonnée é confiança. Você nunca sabe se será capaz de completar um brevet, simplesmente pedala-se para saber se é possível.

Análises:

- É um brevet duro, mas que não é dois. Portanto, use a cabeça. Monte uma estratégia de prova. Por mais forte que sejas, não conseguirás atacar em todas as montanhas. Repeite o relevo. Seja paciente e valha-se de um passo confortável nas subidas; seja sensível e aproveite as descidas e os falsos planos para forçar o ritmo e conseguir a "gordurinha" de tempo necessária para ser queimada nas paradas. Está com medo de pedalar rápido, vá com dois faróis. Economize, peça um emprestado ao "amigo bundão", tenho certeza que você não terá dificuldade em encontrá-los;
- Nas paradas, seja objetivo. Não adianta esperar o "Espírito Santo" que ele não virá pedalar por você. Faça sua parte, comendo alimentos ricos em potássio e não esqueça da água. A noite possui suas desvantagens, como a supressão de sono, que alguns possuem baixa tolerância, mas em compensação quase não há vento, o tráfego diminui sensivelmente e o desgaste é sempre menor;
- O segundo PPM é bastante duro. Mas na volta descê-lo...é um espetáculo! Apanhamos para chegar a Santa Rosa de Lima, mas em compensação fizemos em cerca de 30 minutos o retorno a Rio Fortuna;
- Este é um brevet equilibrado. Descerá tanto quanto subirá. Portanto, controle seu psicológico, ao invés de ficar inseguro, aproveite as oportunidades, forçando o ritmo quando o relevo permitir. Faça sua parte, que do resto a própria altimetria se encarregará.

Abraço a todos!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Treinos e estratégia para o 300

Quanto treinar para um brevet acima dos 200km?! Quem pedala alguma coisa, em condições normais, consegue completar um brevet de entrada (200), nem que seja na raça. Mas, e se você chegou um trapo no 200?! Como fazer mais 100km?!
Calma, na longa distância o preparo e a programação mental contam muito. Tudo isso se traduz no foco. Como diria o "audaxiopata" Faccin, é como se você não tivesse que fazer mais nada na vida a não ser pedalar. Talvez por isso a impopularidade de provas com chegadas alternativas (ex: brevet de 300, com opção de 400), não importa o ritmo de prova ou a distância envolvida, o trapo em que chegarás e o sentimento de alívio, serão sempre os mesmos. O que mudam são as lembranças e o orgulho da distância cumprida. Foque no próximo PC; na próxima cidade; na próxima rotatória; ao final da próxima subida. Evite pensar no final ou em tudo o que ainda estará por vir. Não dê vazão a sentimentos de derrota ou desistência. Gandhi, provavelmente após terminar algum audax lá na Índia, falou: "A alegria está na luta, no sofrimento envolvido. Não na vitória propriamente dita."
Aviso aos marinheiros de primeira viagem. Um bom treino para um brevet não significa treinar a distância do mesmo. Durante estas semanas que antecedem a prova, faça pelo menos dois treinos curtos, sempre dirigidos, um focado no giro e outro na montanha. No final de semana, tire um dia para um treino longo, com pelo menos 5h de selim. Não esqueça que o descanço faz parte da longa distância. Este último treino aumentará sua sensibilidade com seu corpo, estreitará seus laços consigo mesmo (feeling); ao mesmo tempo diminuirá a sensibilidade de seu traseiro. Cuidado, treinos como esse viciam, atualmente sinto um prazer enorme quando rompo a barreira dos 100km em meus treinos de sábado. Recomendo sempre "amansar o rabo" antes de treinos como esse, com pomadas do tipo "chamois" ou hipoglós. Faça isso por pelo menos duas semanas e se tiveres um bom domínio sobre si mesmo, vencerás o cronômetro.
Após uma rápida olhada na altimetria do brevet, a melhor estratégia de prova fica clara. Sobreviva até o PC3, no km211, que no resto a bicicleta irá até sozinha. Até este km, mantenha um bom ritmo e utilize a regra de ouro nos PCs1 e 2 (carimbe passaporte; coma alguma coisa; vá ao banheiro; estique-se e parta, pois em um PC a velocidade imprimida é 0km/h). Não bobeie, o cronômetro estará sempre a sua espreita.
Abraço a todos!!

domingo, 29 de agosto de 2010

300 do Carvão - 4ª Listagem de inscritos e interessados

Nesta lista constam todos os interessados. Até mesmo aquele "fogo de palha" que preencheu o formulário e não sabe se vai. De modo que os "verdinhos" são os pagos e os vermelhos os ainda não pagos. A conferência foi feita no início do expediente bancário de quinta-feira (16/09). Portanto, apresenta os pagamentos efetuados até na terça-feira (15/09). Pagou depois?! Espere a próxima lista. Pagou antes de quinta e seu nome não consta na listagem, entre em contato com a organização pelo e-mail (audaxcriciuma@audax.org.br).

Abraço a todos!!

Obs.: esta lista será atualizada de uma a duas vezes por semana. Para não gerar confusões, será atualizada sempre nesta postagem. Fiquem atentos.
Obs.2: daremos preferência pelos apelidos na lista em razão da modalidade ser de "compadres". Como ninguém corre o "pro tour" e/ou não conseguiram ir para o mundial, aqui o que prevalece é o espirito de solidariedade e o desejo de superação com bem-estar.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A misteriosa SC-482

Desconhecida da maioria dos participantes deste brevet, eis recém inaugurada. O trecho da SC482, entre Rio Fortuna e Santa Rosa de Lima, guarda o segundo PPM (Prêmio Pessoal de Montanha) do brevet. Exatamente no meio deste prêmio, há uma gruta em homenagem a Nossa Senhora por uma graça recebida.
Comumente cruzamos com motoristas "espíritos de porco" nas estradas. Mas na SC482, a organização pode garantir que em razão de em 1949, Fridolino Oenning, ter capotado seu caminhão em uma ribanceira assustadora (quando vocês passarem pelo local verão que ela é muito assustadora) e as quatro pessoas da cabine, bem como sua carga viva, qual seja, setenta porquinhos, terem saído todos ilesos, nessa estrada não haverá "espírito de porco". As fotos estão aí para não me deixar mentir. O ciclista "Fabão" Rohling, de Rio Fortuna, é o cronista da região e qualquer exagero nessa história pode-se creditar a algum bar de Rio Fortuna... hehehe...
Abraço a todos!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

300 - gráfico altimétrico

Adoro montanhas e nunca fui magro. Devo sofrer de "auto-maso-sadismo", ou algo do gênero. Às vezes estou mais forte que gordo, ou, mais comumente, mais gordo que forte. Natural os gordos não gostarem de montanha. Afinal, levar todo o "lastro" pra cima, requer uma boa dose de perseverança e ousadia. Meus olhos brilharam quando vi este gráfico pela primeira vez. Lá no fundo, uma pequena voz me tentou: "-Será que dá?!". Logo percebi, essa é a voz do bundão. Todos temos um bundão dentro de nós. Cada um precisa enfrentar o bundão que traz dentro de si e encarar os desafios propostos, nem que seja "pra ver no que é que dá". Então na hora já bateu uma "invejinha" positiva de todos que estarão alinhados às 23h do dia 24 de setembro. Na qualidade de dirigente, no dia da prova, precisarei estar de gravata...contabilizando as cotas de patrocínio...só na cartolagem!
Ninguém disse que seria fácil. Mas que será divertido, disso não há dúvida.
Abraço a todos!!

Curiosidades sobre o gráfico: 1ª - pode-se distinguir através das bolinhas azuis presentes no gráfico, que a prova conterá quatro PPM (prêmio pessoal de montanha). O prêmio é pessoal porque a organização é pobre. Portanto, cada um escolhe o seu e, caso tenha interesse, leve-os consigo durante a prova... hehehehe; 2ª - o "total de descidas" não deixa a organização mentir. Efetivamente será uma prova em que vai se descer mais do que subir. Portanto, frases de bundões, do tipo: "-Porra, mas só tem subida!", são totalmente descabidas.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

EXTRA!! EXTRA!! INSCRIÇÕES ABERTAS!

Estão abertas as inscrições no site www.audaxcriciuma.com.br, ao custo de R$ 65,00 (sessenta e cinco reais) por inscrito. Em princípio não haverá limitação no número de vagas, mas a organização não possui estrutura para mais de 100 inscritos. Portanto, ao atingirmos, aliás, E SE atingirmos o número de 90 inscritos, pretendemos parar por aí. A partir de agora, aquele formulário extenso de quando do 200 Unesc deste ano, é que vai ter seu valor. Como todos os dados permanecem salvos, será só colocar seu CPF e imprimir o boleto.
Quem brevetou algum 200km na série de 2010, mande um e-mail para a organização (audaxcriciuma@audax.org.br) com o "link" em que consta seu nome na lista de "completistas" no site do clube organizador do brevet, pois terão seu resultado devidamente homologado em terras francesas. "Mercenários" serão admitidos, ou seja, quem não brevetou 200km na série deste ano, mande também um e-mail para a organização, comprovando sua experiência em BRMs (Brevets Randonneurs Mondiaux), não importa o ano. Estes últimos correm apenas pela medalha e a satisfação do desafio cumprido.
Falando em desafio, a altimetria também já está no site...hehehehe... Inegável que será um percurso de alto nível...altimétrico. No cartaz ao lado o André Roldão deixou explícita a frase "Só para Gueirreiros" com uma fonte que imita sangue. Ele acertou em cheio, vai ser uma carnificina. Para abafar quaisquer reclamações, só mesmo o sorriso e os suspiros de alívio dos que completarem o brevet na linha de chegada. Isto, para uma organização apaixonada pela longa distância e por desafios "no limits", não tem preço. Venham de onde vierem, todos que tenham espírito solidário e estiverem dispostos a uma boa luta, garanto: ao final, estarão saciados!
Abraço a todos!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

300 - Rota do Carvão

Deu trabalho, mas ficou pronta a carta de rota. Os primeiros 25km de percurso não estão cobertos nesta arte. Mas tudo bem, afinal os primeiros 22km serão neutralizados. Portanto, todos estarão em pelotão. Para uma melhor leitura, confrontem a mesma com a tabela publicada no post anterior. Todos deverão considerar como ponto de início na carta de rota o viaduto de Içara (km24,8 da tabela). Após este ponto todo o trajeto está coberto pelo desenho. Sou suspeito. Mas acredito que desta vez ela tenha ficado bastante explicativa. Ano passado houve justo descontentamento com a carta de rota e esperamos que neste ano ela se revele mais útil aos participantes "estrangeiros".
Abraço a todos!!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

300 - Tabela de referências no percurso

Sempre que percorremos um trajeto com o GPS, vamos com uma planilha anotando as principais referências existentes no trecho. Dessa vez não foi diferente. Aproveitamos para publicar a tabela com os referenciais, como aperitivo, já que a altimetria e a carta de rota ainda não estão prontas. Desta vez levamos também um litro de coca-cola e um litro de vinho. Foi "porta-aberta" a viagem inteira...vida de dirigente é assim...
Vamos falar sério agora. Na tabela, faltaram míseros 400mts no percurso. Estamos estudando a "firulinha" que faremos na largada. Ou botamos o pessoal para fazer estes metros pedalando logo no início; ou faremos no melhor estilo "Le Mans", botamos todo mundo 400mts longe das bikes e todos vem correndo (o problema vai ser manter a média mínima de 15km/h neste trecho... hehehe...). No mais, a tabela apresenta alguns pequenos trechos em vermelho. No todo, não representam mais do que 28km do percurso total, quem leu o post anterior, sabe que estes pontos representam exatamente os trechos críticos quanto a qualidade do asfalto na prova.

Abraço a todos!!

domingo, 8 de agosto de 2010

Asfalto, acostamento e motoristas no 300

Rodovia no Brasil é lei da selva: o maior passa por cima do menor. Como as bicicletas são geralmente leves e pequenas... vamos falar das rodovias que a prova percorrerá. SCs 446, 438, 445, 443, 482 e uma Rodovia Municipal de Criciúma (anel viário externo da cidade). O trecho de Rodovia Municipal alterna partes calamitosas e partes com qualidade européia. No início da prova praticamente toda a Avenida Centenário será percorrida e quem conhece sabe que ali todo o cuidado será pouco. O que anima é que estaremos neutralizados (em pelotão) e escoltados pela guarda municipal de Criciúma. Após o pontilhão (quem já fez algum audax do carvão o conhece), terminará a neutralização e há ainda uns três quilômetros de asfalto pouco confiável e com falhas na pista. Depois, teremos asfalto confiável até a saída de Orleans para Lauro Müller. São exatos 12km, de uma cidade a outra. Terrível nos dois sentidos. Há duas semanas fiz o percurso com o GPS e encontrei vários carros com pneus furados pelos buracos. Imaginem o que eles não podem fazer em um pneu 1.0 ou clincher... A SC445, que liga Urussanga a Morro da Fumaça apresenta algumas surpresas, mas o trafego de veículos nessa rodovia em um sábado é bastante reduzido. A SC443, que liga Morro da Fumaça a Criciúma, requer cuidados, pois tem sempre muito tráfego, pois já é região metropolitana de Criciúma, e também já aparenta cansaço no asfalto. No mais, as estradas são boas e todas estarão com a trafegabilidade de veículos reduzida em razão da prova se dar em uma madrugada e num sábado.
Quanto ao acostamento, a SC482, entre Braço do Norte e Santa Rosa de Lima, 40km de percurso (80km ida e volta) não apresenta qualquer acostamento. Mas pra quem conhece as cidades de Rio Fortuna e Santa Rosa de Lima, 7.000 e 4.000 habitantes, respectivamente, isso não é motivo para preocupações. Quem quiser, poderá contar quantos carros encontrará nessa rodovia. Também é preciso mencionar que após a Polícia Rodoviária Militar do Guatá, em Lauro Müller, não há acostamento até o PC3 na Gruta da Serra do Rio do Rastro. O que não é motivo para preocupações. Pois como a rota é turística, os motoristas não só respeitam, como também admiram o esforço dos ciclistas.
De uma forma geral, os motoristas de nossa região estão bastante acostumados com nossa presença. Ainda é preciso ressaltar o "colete" refletivo de utilização obrigatória que os motoristas não estão acostumados a ver. O raciocínio é simples: se ciclista com capacete e vestimenta adequada adquire mais respeito por parte dos motoristas, por lógica a utilização do colete nos distinguirá ainda mais de ciclistas comuns. É provável que comportamentos assassinos como os que costumo ver nas federais gaúchas que compõe alguns brevets daquele Estado não sejam recorrentes no 300 do Carvão. Claro, espírito de porco tem por tudo. Da serra nem comento, pois para os motoristas somos, junto da paisagem, o centro das atenções.
Abraço a todos!!

terça-feira, 27 de julho de 2010

PCs e parcerias alimentícias definidas!!

O 300 do Carvão será um brevet de "engorda"!! Além das infalíveis água mineral, bananas e maçãs em todos os PCs (pontos de controle), teremos ainda:

PC1 - Lanchonete La Chopana - Orleans - Km 66,5 => café com leite e misto quente;
PC2 - Restaurante Hotel e Lanchonete Fabricio - Sta Rosa de Lima - Km 124,0 => sopão colonial de galinha caipira com queijo e pão;
PC3 - Rio do Rastro Lanches - Lauro Müller - Km 211,0 => suco de uva/maçã e um salgado;
PC4 - Posto Bergmann (Xandão) - Morro da Fumaça (Estação Cocal) - Km 272,4 => pote de sorvete;
Linha de chegada: tradicional "Happy brevet", regado a muito refrigerante e cerveja.

Todos os locais que sediarão PCs são estruturados, possuindo ambiente aprazível, bons banheiros e para quem não se contentar com o que a organização estará oferecendo, ainda possuem grande variedade de bebidas e guloseimas a venda.

Há inúmeros pontos de venda ao longo do percurso que poderão servir de PAs (pontos de apoio). Ponto de apoio não é de parada obrigatória, é assim denominado em razão de possuir toda a infraestrutura necessária para ser PC, só não sendo por decisão da organização. Selecionamos alguns PAs que poderão ser úteis na "perna" mais longa da prova (Entre os PCs 2 e 3):

- Posto Leão do Trevo (Ipiranga), situado no trevo de acesso a Braço do Norte - km 161,8;
- Posto Hoffmann, situado na primeira rotatória de Orleans (para quem estiver vindo de São Ludgero) - Km 181,1;
- Posto Chaminé (Ipiranga), situado na chegada a cidade de Lauro Müller - km 193,5.

Estes três postos de combustível funcionam 24h, possuem um setor de conveniência completo e estão acostumados a atender ciclistas.

A organização inova com dois PMs (pontos de massagem) ao longo do percurso:

- Rekantos Drinks Bar, "moqueado" na beira da estrada entre Rio Fortuna e Sta Rosa de Lima - km 111,9;
- Fantasia Night Bar, "escancarado" na beira da estrada, entre Lauro Müller e distrito de Guatá - km 197,4. Esse, quem quiser pegar em horário de funcionamento, deverá pedalar com muita solidez e consistência até esse ponto.

Cumpre mencionar que os PMs não estão acostumados a atender ciclistas.

O brevet exigirá bom jogo de estratégia do randonneur em razão de possuir pernas longas e curtas; duras e "moles". Em breve sairá a altimetria e todos poderão ter uma melhor noção. Visando evitar futuros comentários, aqui vai uma explicação acerca da última perna do brevet. Pois, enquanto a perna mais longa beirará os 90kms, a mais curta, a última, não chegará aos 30kms. Exposição de motivos:
1° - A organização custa a encontrar pessoas dispostas e ficarem por horas nos PCs, imaginem se tivéssemos que encontrar pessoas dispostas a ficarem por horas em um trevo, de pé, com uma prancheta nas mãos, anotando a número de cada ciclista que depois de 250km de prova, passarão com diferenças consideráveis entre eles, tudo isso para garantir que todos respeitaram o trajeto original da prova. Visando evitar esse tipo de situação, sempre que possível criamos PCs de parada obrigatória, consequentemente obrigando a todos seguirem por determinado caminho, ou efetivamente irem até determinado ponto.
2° - Pretendemos provar que o último trecho do brevet será "mais fácil que tirar doce de criança", afinal a organização dará o doce a todos no PC4. IééIéééé!!!

Abraço a todos!!