quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Confirmado caso de doping no 300

Estamos esperando a contraprova. O laboratório francês "Penosovos - Malabry", após análise na urina do brevetado Valmir"zinho" Carminati, encontrou traços da substância dopante conhecida cientificamente por ratasanz-poisonous, vulgarmente chamada de "veneno de rato". Apesar da baixa concentração encontrada, essa substância costuma desacelerar os batimentos cardíacos, podendo provocar disfunção erétil e morte. Reforça a suspeita o fato do mesmo não ter saído em nenhuma foto, sempre fugindo das câmeras. O máximo que conseguimos foi esta imagem em que ele está a frente, na parte mais escura (mais moquiado).
Brincadeiras a parte, o fato é que o Valmir"zinho" assombrou a todos. Aos 48 anos, de MTB e peso indefinido (gordo é assim, nunca declara seu peso, pois está sempre emagrecendo). Deu uma aula de ritmo e de como usar a regra de ouro no randonnée. Com direito a uma "surra" em seu parceiro de pedal, o Mazon. Não o vi parado mais do que dez minutos em quaisquer dos PCs, mesmo o da sopa. Sempre constante, pedalou praticamente o brevet inteiro "solo", com a cara pro vento. Fez a prova no segundo menor tempo, em 15h25min. Ficou a pouco mais de 50min do menor tempo da prova, sendo que lá estavam quatro ciclistas com bicicletas SPEED.

Abraço a todos!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

"O que já era difícil e desafiante ficou muito mais com a troca de percurso." - Berreta

Conheci o Berreta no 300 de Caxias no ano passado. Aliás, chegamos praticamente juntos. À época estava comboiando o "Zezo Velhão" até o final da prova, em um trecho com muitas descidas e inúmeros falsos planos em descida após o presídio de São Fracisco de Paula, quando os "pesadões catarinas" passaram "voando" pelo Berreta. Restou a ele ficar de roda e "nos comer" nas subidas finais antes de Fazenda Souza. Empatia desde o começo, já no brevet seguinte éramos os "Catarinas" e o Berreta e o Rafael os "Milicos". Berreta costuma vir pra cá e passar por "poucas e boas": ano passado, pneu rasgado e derrubado por um carro; este ano raio quebrado logo "de prima". Seus brevets por nossas estradas costumam ser "de superação". Talvez por isso que ele goste tanto de vir aqui se testar. Vejamos seu relato:

Saí sozinho de POA na sexta a tarde, pois os meus amigos de pedal: Ricardo, Rafael, Sandra, Claúdio e Saul, não puderam vir por motivos diversos, mas sei que estavam comigo naquelas subidas sem fim e descidas congelantes.

Até o PC 1 - KM 66

Antes da largada é sempre aquela apreensão. Então, o que vestir? Esfriara bastante a noite, foi necessário sair com pernitos e manguitos. Até o PC 1 pedalei junto do Udo e do Guilherme aqui do RS, muitas subidas que esquentavam e descidas congelantes. Nestes primeiros km o percurso é quase todo urbano, com muita iluminação. Felizmente pouco movimento de automóveis (ano passado foi uma loucura). Lá pelo km 45 arrebentou um raio da minha roda traseira, a roda ficou descentrada, soltei os freios e vamos em frente. O problema é que não dava para aproveitar as descidas, pois a bike depois dos 40 km/h começava a “balançar” a traseira. Neste percurso pedalei mais lento, com média próxima aos 20 km/h, pois a noite tudo fica mais complicado, devido a baixa visibilidade. No Pc 1 foi servida uma excelente e quente torrada, que deu uma reanimada geral.

Do PC 1 Orleans ao PC 2 Santa Rosa de Lima. KM125

Já na saida deste PC subimos uma rampa de 5 km. Saí sozinho deste PC, também, tive que parar varias vezes para prender o raio solto, que pegava no câmbio traseiro. Em 2009 este percurso ia até Tubarão passando por Gravatal, trecho muito perigoso, devido aos bailões e motoristas bêbados. Neste ano, através da excelente iniciativa dos organizadores, foi substituído pelas cidades de Rio Fortuna e Santa Rosa de Lima. Somente com um porém: o percurso do ano passado era quase plano, e este novo é quase outra Serra do Rio do Rastro, com subidas intermináveis. Passando por Rio Fortuna, ladeira abaixo, na escuridão total juntamente com outro ciclista, fomos atacados por uma matilha de cães. Quanto mais eu pedalava, mais perto o cachorro chegava, isto a 40 km/h (fica como sugestão fazer um antidoping nestes cães). O ciclista que estava comigo passou por cima de um cachorro e felizmente devido a sua habilidade de randonneur, não caiu.
Logo depois dos cães, passou um gato preto pela frente, para mim é sorte, pois adoro os bichanos, temos três em casa.
Chegamos no PC2 por volta das 05:00 horas, congelados, e para alegria tinha uma sopa “energética” quente, acompanhada de pão e uma rosca daquelas que só existem nas cidades do interior. Foi a salvação deu uma acordada geral, vida nova.

Do PC 2 Santa Rosa de Lima ao PC 3 Serra do Rio do Rastro KM 211.

Este era o percurso mais longo e ao final teríamos que enfrentar a bela e temida Serra do Rio do Rastro. Depois da sopa mágica, esperei o dia clarear, e segui a jornada de volta, agora felizmente descendo um pouco mais. Estava sozinho e preocupado com os cães na volta, pois agora seria na subida, porém antes da subida encontrei o gato preto morto atropelado no meio da pista, acredito ser o mesmo da vinda pois o local era o mesmo. Parei e tirei ele do asfalto, colocando-o no mato, para que os carros não passassem mais por cima dele, (lembrei do meu amigo Sérgio que sempre faz isso). Depois deste momento nenhum cachorro me atacou durante o restante do brevet. Até chegar em Orleans dei uma acelerada, pois queria terminar com um tempo mais baixo que no ano anterior, uma das coisas mais cativantes nestes tipos de prova é que só precisamos vencer o tempo limite estabelecido. Para mim eu sempre coloco um desafio pessoal de melhorar o meu próprio tempo. De Orleans a Lauro Muller o percurso vai se tornando cada vez mais acidentado. Em Lauro Muller, antes da subida da serra, parei numa lanchonete e reabasteci o corpo com dois sandubas, um copo de café, e mais o tão falado suco de laranja Macrovita.
Descansei uns 20 minutos e iniciei o trecho mais difícil.
As subidas são como o vento contra, se você se acomodar e não enfrentar é pior, pois não terminam nunca, e o desgaste no final é o mesmo ou ainda maior. Encarei a serra até o PC de volta, girando sempre e mantendo uma média de 15 km/h, com uma relação compacta de 34x27, cheguei lá em cima “rapidamente” dadas as circunstânscias. Lá estava o Maico, com mais um PC bem abastecido, um super sanduíche, melancia e um suco de uva natural.

PC 3 Santa Rosa de Lima ao PC 4 Morro da fumaça KM271.

A descida da serra foi tranquila, só tendo que cuidar o excesso de velocidade, pois só estava com o freio da frente, devido a quebra do “raio” da roda traseira. Até Orleans tudo relativamente bem, o problema é que as dificuldades não terminaram por aí, até Urussanga tem subidas sem fim ......... mas enfim ......... Depois de Urussanga o percurso fica mais plano, mas aí surgiu um “vento contra” até o PC no Posto Bergmann. Uns 10 km após o PC o vento ficou a favor, até a chegada, "ufa"!, nem tudo poderia ser dificuldade. Cheguei as 15h50min da tarde de sábado, uma hora a menos que no ano passado.

Filosofando:

A gente pedala e pedala, com muito tempo para “filosofar”. Neste brevet, depois de tantas subidas sem fim, descobri uma máxima que todo o randonneur de verdade deve interiorizar, não importa a distância ou grau de dificuldade do percurso:

Quando você estiver no limite da “fadiga” , o cansaço físico e psicológico será sempre maior se você optar por descer da bicicleta e descansar.

Resumindo o brevet:
Organização 100 %.

Apoio da Policía Rodoviaria Estadual 100 %
Alimentação 110 %

Altimetria 95 % não plano

Atenção e preocupação com os ciclistas 100 %

Curiosidade - Em várias cidades tinha a loja Ciclo Center. De bikes? Não, de móveis.

Valeu Maico e toda a equipe, parabéns pela organização e coragem em fazer frente a
uma prova com enorme complexidade e dificuldade em todos os sentidos. E também parabéns a todos os ciclistas que concluíram ou não.
Ano que vem estarei aí de novo no 300, no 200 se mudar o percurso de Criciúma até Bom Jardim da Serra.


Berreta é casca grossa! Berreta é do Carvão! Berreta, grande abraço e nós é quem agradecemos!!

Obs.: conselho de amigo randoneiro, pois vi que tua roda é shimano. Livre-se dela. A Shimano sabe fazer câmbios de bicicletas e molinetes para pesca. Ainda não aprendeu a fazer rodas.

sábado, 2 de outubro de 2010

Surto de "Síndrome do Cavalo Paraguaio" no 300

Essa síndrome é mais comum do que se imagina. Dessa vez atacou o Toxiro, que não resistiu a seus imprevisíveis efeitos colaterais e acabou desistindo com intensas dores no joelho logo após o PC1. Também quase tirou da prova o "Popeye" Bonotto, que se viu apurado para alcançar o PC2 e lá, não fossem os sul-caxienses o terem acolhido como a um filho, certamente teria abandonado o brevet. Curiosamente, ambos ciclistas urussanguenses, o que leva a crer que em Urussanga esse vírus pode estar suspenso no ar.

Abraço a todos!!

Relato do Pacato

O Pacato é daqueles caras atenciosos, que destinam tempo para todo mundo e que quando vem correr um audax não conquista somente o brevet, mas também grandes amizades. Conheci o Guilherme no 400 do Santa Ciclismo ano passado. Como eu e o "Zezo" éramos os únicos catarinenses presentes na prova, logo nos procurou para falar da Serra do Rio do Rastro. Quando soube que faríamos um brevet ali, já se empolgou e disse que tão logo fosse possível viria. Acabou de cumprir sua promessa. Vamos ao seu relato:

Introdução:

Esse brevet começou com uma história triste: eu tinha planos de fazer o Brevet 1000 - que seria uma semana antes do 300 do Carvão - e certamente não estaria recuperado para pedalar na temida e almejada Serra do Rio do Rastro. Mas não obtive o necessário Brevet 600, classificatório para "OZMIU"/Giro do Chimarrão. Fiquei triste por algumas horas mas a lição foi tão boa quanto uma medalha: treinar, treinar, treinar e perder peso... Então a vontade de pedalar novamente num evento do amigo Maico pode se realizar e ainda tive o prazer de compartilhar a viagem de carro até Criciúma e pedalar o brevet com o grande Udo Carlos Weissenstein - o Paiudo de Vera Cruz - RS. Destaco que na manhã de sexta feira - dia da largada do brevet - o Udo chegou na minha cidade pedalando um "pequeno trecho" de 60km (metade do caminho ele fez de ônibus) e na tarde de domingo ele foi pedalando de Portão até Vera Cruz, mais 130kms, assim foram mais ou menos 200kms de pedal para "deslocamento" em razão do 300 do Carvão!!!

Momentos pré-prova:

Já em Criciúma (após 340kms de carro) a Bike Point (que bela loja!) foi nosso destino para retirada dos kits e reencontro dos amigos "randoneiros". Janta no Cricíuma Shopping Center onde encontramos o amigo Berreta de Porto Alegre e renovamos o estoque de carboidratos com muita massa! No Hotel Ibis o Udo deu uma dormidinha no carro antes do briefing e eu reencontrei o Paraíba que me lembrou da ajuda recebida no PC3 do 200 do Carvão (apoio psicológico e um Dorflex) que o levaram a linha de chegada e o habilitaram a estar presente neste desafio de 300kms, quando recebemos as últimas coordenadas da rota.

O Brevet:

Momentos antes da largada muitas super-bikes e super-ciclistas aglomerados próximos a saída do Criciúma Shopping para espanto dos "pedestres" naquela noite de sexta feira. Pontualmente às 23hs iniciamos o trajeto pela "firula neutralizada" seguida do belo e longo trecho que eu já conhecia até o PC 1, onde a torrada era boa e o descanso valioso, pois estávamos prestes a encarar o 1° Prêmio Pessoal de Montanha - PPM. Pedalar a noite tem seus inconvenientes e talvez o maior deles seja o sono, inimigo que quase imobilizou meu parceiro Udo mas foi superado com a ajuda da "mesa de bar" duas horas antes do amanhecer. No PC2 a sopa estava boa para tirar o frio da madrugada e o suco Makrovita deu a energia necessária para recompor o desgaste do segundo PPM (...e pensar que ainda tinha a Serra do Rio do Rastro pela frente...). Dia claro, o retorno até São Ludgero foi quase tranquilo, mas eis o 3° PPM (a mesma Serra do 1° PPM, só que agora pela mão inversa) para abrir o apetite e garantir o lucro do setor gastronômico de Orleans... Aproximadamente 180km pedalados, iniciamos a "perna" que culminava na Gruta e Lanchonete Serra do Rio do Rastro - PC3 a 31kms, e tome subida!!! Foi difícil, mas MUITO GRATIFICANTE! Pessoalmente eu havia passado na Serra do Rio do Rastro há uns vinte anos e de carro. Como ciclista sempre quis escalar a "bicha" (descer também é legal, mas não dá tempo de olhar a paisagem) e fazer isso em um brevet, seria "oficializar" minha conquista pessoal, daí o bem bolado 4° PPM a 770 metros acima do nível do mar. O PC3 foi só alegria (estávamos no topo e havia fartura de comida), embora um conhecido guerreiro insistisse em desistir, mas com o apoio do Pelotão Gaúcho e do randonneur/organizador/rescaldista Maico a superação foi promovida e a glória alcançada: PARABÉNS PARAÍBA!!! Assim seguimos "sem alterações" até o PC4 onde estavam os randonneurs Café e "Tio Conrado", garantindo o apoio necessário e contando umas histórias... E eu que esperava pelo Morro da Fumaça como uma elevação de grande porte descobri que era uma nome de localidade e segui feliz até o local na companhia dos amigos Udo, Klaus, Mogi e Paraíba!

Depois do Brevet:

Banho.
Janta.
Cama.
Café da manhã.
BR-101.
Casa!

Destaque:

Não tem preço auxiliar um ciclista a completar o brevet, da mesma maneira que eu também já fui auxiliado, e receber a gratidão sob qualquer forma de manifestação, pois não estamos competindo uns contra os outros, mas contra nós mesmos. Nesses momentos costumo sempre lembrar de Gandhi: "A força não provém da capacidade física, mas de uma vontade indomável".

Observação:

Sim, adoro comer e o rango é motivo de destaque em qualquer Randonnée! rsrsrsrsrsrsrsrs

Abraço a todos os envolvidos no 300 do Carvão!!!

Guilherme "Pacato" Holdefer
Super Randonneur 2009
13 Brevets de Randonneurs Mondiaux

Pacato, grande abraço!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Trio "não se entrega"

Zeca, Gláucio e Marinho. Remanescentes da extinta equipe "Cobra" do Amateur Tour. Eles sempre estiveram no saco de apostas para os desistentes. Mas o saco foi ficando assado e, ao final, cortamos nossa língua. Pois após 19h03min de prova, estavam todos cruzando a linha de chegada para serem recebidos por suas famílias. Espírito audax e de sobrevivência no brevet, do começo ao fim. Só lamento não ter registrado o momento da batata doce na parada de ônibus em Orleans.

From: Labieno José Cavalcanti
To: Bike - Glaucio Spillere
Sent: Tuesday, September 28, 2010 10:12 AM
Subject: audax300

Caro Glaucio,
É possível que neste sábado eu vá para Fpolis. Então não poderei pedalar. Se não for te aviso. Também acho que, no audax300, nosso trio deu certo. Eu estava inseguro se conseguiria completar e a companhia de vocês dois foi um fator decisivo para mim, acredite. Meus ossos pubianos ainda estão doloridos. Na descida depois de Orleans minha bike desenvolveu velocidade e por isso me distanciei de vcs. Na descida da Santa a mesma coisa. Depois de Estação Cocal, contra o vento, eu estava muido. Quando fizemos o contorno da Fumaça ficamos a favor do vento e passamos a pedalar melhor. Então, antes da rótula, ficamos no vácuo daquele senhor com uma barra forte, pedalando sem as mãos e mais rápido que nós! Não estávamos nem a 20km/h. Naquele momento me bateu um nervoso e pensei: a dor que vá para o inferno! E resolvi acelerar até o quanto aguentasse. Então não parei mais. Passei o cara da barra forte, subi o morro depois da rótula do Posto e finquei o pé. Só lembro de olhar para o velocímetro e ver a marca de 40km/h. Os pulmões queriam sair pela boca, mas as dores cessaram, gozado. Levantava nas subidas e não aliviava. Quando passei pelo caldo de cana, a quase 40km/h, o Jack Sparrow (vulgo, Fly; vulgo, Maguido) me viu e veio atrás, me caçando no mesmo ritmo, tentando me passar. Começamos a apostar uma corrida. Nenhum dos dois queria ficar atrás. Ele corria e eu corria mais. No trevo do Pontilhão ele me passou e não consegui alcançá-lo mais. Minhas pernas já não me obedeciam direito. Então, aceitei a derrota, e segui naquele ritmo de 35km/h até a Chaminé e finalmente terminei a prova. Ufa!!! Obrigado a vcs. Sozinho acho que não teria conseguido. Abração Glaucio.


Glaucio responde:

Difícil também foi conter a ansiedade nas horas que antecederam a Largada. Dúvidas de se inscrever (bem feito, na próxima não vou ter mais dúvidas), noite com sono muito leve, dia (na sexta) que nada rende. Misto de preocupação, ansiedade, mistérios a serem desvendados.

Lembro quando tu pediu para ir mais rápido senão não ia dar tempo antes de Orleans, na verdade, tive que parar antes porque não conseguia colocar a caramanhola no lugar. Depois disso bateu uma leve dor-de-barriga achei que o pior viria, dai comecei a pensar em parar em Orleans, dormir num posto ou voltar de taxi.

Mas passou porém sempre vem algo em seguida, as caimbras que as baguinhas e a Malto do Marinho ajudaram, porém as dores no joelho foram surgindo.

E fui convivendo com a dor no joelho, porém a vontade de completar era maior, afinal já tinha chegado até ali (Orleans na volta), então era tentar subir pra Santa, tempo tinha bastante.

E ali pra chegar na Santa... só temos noção do quanto a subida é enorme, quando estamos descendo.

Como de Guatá a Lauro Muller é longe... em Orleans sentamos numa parada de onibus (vimos que tu estava subindo), apreciamos uma batata doce inteira de cada, coisas do Marinho, imagina depois o efeito. Aliás, cada vez que tu te levantava, imaginava que tu tava abrindo a descarga. Outra maravilha foi a chegada a Urussanga, parece que estavamos em casa.

No carro, na volta, a esposa perguntou porque eu quase não falava, mas pudera, quase não conseguia falar de cansado, ou talvez não conseguia expressar meu sentimento, foi incrível.

Bom tomei banho, café, 1 dorflex e fui pra cama, me apaguei.. 13 horas de sono ininterruptos.

Só acho uma coisa nisso tudo... "tais estressado, vai pedalar !!" . Tudo melhora.
Um abraço
Glaucio

Ao Glaucio, faço jus às palavras de Simon Murray: Audax "(...) é uma dessas coisas boas de lembrar, bem depois, mas um inferno fazer."

Abraço a todos!