domingo, 8 de agosto de 2010

Asfalto, acostamento e motoristas no 300

Rodovia no Brasil é lei da selva: o maior passa por cima do menor. Como as bicicletas são geralmente leves e pequenas... vamos falar das rodovias que a prova percorrerá. SCs 446, 438, 445, 443, 482 e uma Rodovia Municipal de Criciúma (anel viário externo da cidade). O trecho de Rodovia Municipal alterna partes calamitosas e partes com qualidade européia. No início da prova praticamente toda a Avenida Centenário será percorrida e quem conhece sabe que ali todo o cuidado será pouco. O que anima é que estaremos neutralizados (em pelotão) e escoltados pela guarda municipal de Criciúma. Após o pontilhão (quem já fez algum audax do carvão o conhece), terminará a neutralização e há ainda uns três quilômetros de asfalto pouco confiável e com falhas na pista. Depois, teremos asfalto confiável até a saída de Orleans para Lauro Müller. São exatos 12km, de uma cidade a outra. Terrível nos dois sentidos. Há duas semanas fiz o percurso com o GPS e encontrei vários carros com pneus furados pelos buracos. Imaginem o que eles não podem fazer em um pneu 1.0 ou clincher... A SC445, que liga Urussanga a Morro da Fumaça apresenta algumas surpresas, mas o trafego de veículos nessa rodovia em um sábado é bastante reduzido. A SC443, que liga Morro da Fumaça a Criciúma, requer cuidados, pois tem sempre muito tráfego, pois já é região metropolitana de Criciúma, e também já aparenta cansaço no asfalto. No mais, as estradas são boas e todas estarão com a trafegabilidade de veículos reduzida em razão da prova se dar em uma madrugada e num sábado.
Quanto ao acostamento, a SC482, entre Braço do Norte e Santa Rosa de Lima, 40km de percurso (80km ida e volta) não apresenta qualquer acostamento. Mas pra quem conhece as cidades de Rio Fortuna e Santa Rosa de Lima, 7.000 e 4.000 habitantes, respectivamente, isso não é motivo para preocupações. Quem quiser, poderá contar quantos carros encontrará nessa rodovia. Também é preciso mencionar que após a Polícia Rodoviária Militar do Guatá, em Lauro Müller, não há acostamento até o PC3 na Gruta da Serra do Rio do Rastro. O que não é motivo para preocupações. Pois como a rota é turística, os motoristas não só respeitam, como também admiram o esforço dos ciclistas.
De uma forma geral, os motoristas de nossa região estão bastante acostumados com nossa presença. Ainda é preciso ressaltar o "colete" refletivo de utilização obrigatória que os motoristas não estão acostumados a ver. O raciocínio é simples: se ciclista com capacete e vestimenta adequada adquire mais respeito por parte dos motoristas, por lógica a utilização do colete nos distinguirá ainda mais de ciclistas comuns. É provável que comportamentos assassinos como os que costumo ver nas federais gaúchas que compõe alguns brevets daquele Estado não sejam recorrentes no 300 do Carvão. Claro, espírito de porco tem por tudo. Da serra nem comento, pois para os motoristas somos, junto da paisagem, o centro das atenções.
Abraço a todos!!

2 comentários:

lazzarotto disse...

QTOS KM DÃO DA GRUTA ATÉ O TOPO DA SERRA? GOSTARIA MUITO DE SUBIR ATÉ O CUME. KRKRKRKRRK. VLW.

Maico Birolo disse...

E aí Lazzarotto!! Cara, ano passado também deixei esta sugestão no blog e no congresso técnico. Até o mirante são 7km e até o topo meros 6,5km. Vale a pena. Mas só vai dar pra fazer se o teu parceiro não errar o trevo de Içara... hehehe... abração e nos vemos dia 24!! IééIéééé!!