- o cara veio do local mais longínquo destas bandas, Maringá/PR. Soube que comeu uma massa no restaurante indicado pela prova e era "ao funghi". Nascia aí o "Alucinado do Carvão". Com cogumelo na parada o randonneur chegou a Orleans desorientado. A organização o encontrou no posto tigre de Orleans, às 3h30m da madrugada. Não sabia se pegava carona, se seguia em frente, se ficava onde estava, se voltava ao local de largada... nos despedimos do mesmo informando que apenas 12KM o separavam do PC1/3, em São Ludgero, sendo que metade desses quilômetros era de descida. Conclusão: não apareceu nos PCs, não atendia ao telefone e foi encontrado novamente no local de largada pelo "Raulzito", perto das 17h de domingo;

- tem o Maguido de Içara, com um visual retrô e sempre de bom espírito, quando a coisa ficava dura, dá-lhe rapadura que cura;
- tem também o "El Gringone" Jorge Rovetto. Responável pela internacionalização desse brevet, figura robusta e marcante aos 62 anos de idade, logo ganhou o apelido de "Jacque Cousteau". Brevetou com um tempo excepcional e quando conversei com o mesmo no PC5, estava com um ótimo semblante.
- tem ainda a turma de Curitiba, o Sérgio Lopes, aspirante a frentista do Posto Fratelli (PC2); o Pedro Burba que no finalzinho, só pra mostrar que tava tudo sob controle, foi até o BR101 comer um risólis de presunto e queijo no Bar do Jóia (brincadeirinha...); e a guerreira Greiciely Lopes que qua
ndo a vi no PC4, o temido, totalmente destruída, a última a carimbar seu passaporte no local, faltando meros 15 minutos para o fechamento do PC, e sabendo que "apenas" 99Km a separavam da conquista, chorou um pouco no ombro no namorado, pediu uma faca emprestada pro "Mariot", proprietário da lancheria, mordeu-a com força e só soltou na linha de chegada. Furiosa.
- por fim, há "Os Rabetas", dois florianopolitanos muito descontraídos e de bom espírito. Aqui vale um parênteses: suas mulheres os acompanharam ao longo do trecho que percorreram. Os vi parando em alguns PCs "extras" pelo caminho e fiz "vista grossa". Claro, caso não estivessem no final do pelotão não admitiria esse tipo de coisa. Não gosto de ser "provalecido", estava estampado no rosto deles o quanto a empreitada estava sendo dura. Conselho aos amigos: numa primeira análise,
um carro acompanhando acalenta o coração e transmite segurança. Mas é uma via de mão dupla, pois a regra de ouro (ver post sobre o assunto) do randonnée está indo para o espaço, em outras palavras, sem ritmo não há brevet. No final das contas, quanto mais tempo parado, pior. Ainda, partindo do pressuposto de que nossos carros são uma extensão de nossos lares... desistir e ir pra casa estará sempre "à mão".

- para pensar: "Randonnée não cansa; exaure. Só cansa quem não tem ritmo."
Abraço a todos!!